O Ministério da Fazenda divulgou nesta sexta-feira (21/7) os dados do Relatório Mensal da Dìvida do mês de junho. De acordo com a pasta, o estoque da Dívida Pública Federal (DPF) encerrou o último mês com um aumento de R$ 177,5 bilhões, o que equivale a 2,95% acima do que foi registrado em maio. Com isso, o índice atingiu o valor de R$ 6,19 trilhões no mês passado.
“Apesar da persistência inflacionária, o mês de junho foi marcado pelo maior apetite por risco após a suspensão do teto da dívida dos EUA. Países emergentes tiveram bom desempenho, com o Brasil entre os destaques. Em junho, a curva de juros local fechou, diante de revisões de expectativas de inflação e da perspectiva do rating brasileiro pela S&P”, explicou, em nota, o Ministério da Fazenda.
Foram registrados aumentos nos estoques nos grupos de prefixado, índice de preços e taxa flutuante. Enquanto que, para o câmbio, houve variação negativa de 13,6% no período. A apropriação de juros da DPF foi de R$ 33,32 bilhões. No ano, o índice já acumula R$ 297,06 bilhões.
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Apenas o grupo Prefixado aumentou a sua participação na dívida federal para 27,04%, alavancado pela sua emissão líquida durante o período. Em movimento contrário, os grupos Flutuante, Índice de Preços e Câmbio reduziram suas participações para, respectivamente, 39,52%, 29,46% e 3,99%.
Também no mês passado, o custo médio do estoque da DPF acumulado em 12 meses apresentou redução de 10,87% em maio para 10% a.a. em junho. Já a reserva de liquidez registrou aumento, em termos nominais, de 13,76%, e passou de R$ 983,18 bilhões, em maio, para R$ 1.118,47 bilhões, em junho.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro