O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apresentou a líderes do G20, nesta quinta-feira (20/7), o programa de descarbonização da Amazônia, que será lançado no próximo mês. O objetivo, segundo ele, é reduzir o uso de óleo diesel na produção de energia na região, substituindo o combustível fóssil por fontes renováveis e, assim, diminuindo a emissão de gases.
A apresentação foi feita seminário Sustainable Mobility: Ethanol Talks, em Goa, na Índia. “Nós lançaremos, na Amazônia, um dos maiores programas de descarbonização do planeta. O Norte do Brasil consome R$ 12 bilhões por ano de óleo diesel para tocar sistemas isolados da Amazônia”, disse.
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“Nós faremos uma transição desse sistema isolado para uma energia limpa e renovável, dando ao planeta uma sinalização clara do nosso esforço nesse sentido. São programas que demonstram o nosso mais absoluto comprometimento com o mundo”, explicou o ministro.
Silveira vai coordenar o grupo de trabalho de energia no G20 quando o Brasil assumir a presidência temporária do organismo multilateral, a partir de 1º de dezembro de 2023. Os indianos, que hoje coordenam o grupo de trabalho de energia, já demonstraram interesse em entender especificamente a experiência brasileira com biocombustíveis, em especial o etanol.
“A Índia se tornou um parceiro gigante e hoje caminha ao lado do Brasil na disseminação da produção e uso da bioenergia. Temos muito ainda a fazer rumo à descarbonização do setor de transportes e fico muito feliz em ver que os setores produtivo e automotivo indianos estão juntos para proporcionar uma mobilidade sustentável de baixo carbono a um custo acessível para a sociedade”, declarou o ministro.
Na ocasião, ele também reforçou que estão sendo iniciadas as obras para conectar o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), além da inauguração da interligação de Paritins (AM) ao SIN.
Silveira disse ainda que, com o programa de descarbonização, o Brasil terá mandato para produção de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) combinado com Diesel Verde – o que representará uma nova fronteira para a indústria de etanol, em particular para o aproveitamento de seus resíduos.