O volume de serviços no Brasil cresceu 0,9% em maio ante abril na série com ajuste sazonal, após ter registrado queda de 1,5% no mês anterior. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta quarta-feira (12/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve uma alta de 4,7% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Com isso, o setor acumula alta de e 4,8% no ano, enquanto em 12 meses o avanço foi de 6,4%.
Entre as cinco atividades analisadas pela pesquisa, quatro avançaram em maio. O maior impacto veio do setor de transportes, que cresceu 2,2%, recuperando parte da perda de 4,3% registrada em abril. Dentro da atividade, o transporte de cargas avançou 3,7%, alcançando o maior patamar de sua série histórica, iniciada em 2011.
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“Em relação ao tipo de uso, tanto o transporte de cargas quanto o de passageiros avançaram no mês. Já sob a ótica do modal, os principais impactos para o resultado positivo vieram do rodoviário de cargas, do aéreo de passageiros e do aquaviário de cargas”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Lobo destacou que dois segmentos que impulsionaram o transporte de cargas: o de navegação de apoio marítimo e portuário, relacionado a serviços de apoio a plataforma de petróleo, e o transporte marítimo de cabotagem, que é ligado ao transporte de cargas dentro do país.
O pesquisador afirmou ainda que o bom desempenho das empresas de transporte de cargas é ligado, entre outros fatores, ao momento atual do setor agrícola. “Os recordes da safra de grãos acabam influenciando os transportes, especialmente o rodoviário de cargas. Esse impacto não é de agora”, disse.
Serviços às famílias
O segundo maior impacto no resultado geral foi o de serviços prestados às famílias, que havia crescido 1,0% em abril e avançou 1,1% em maio, acumulando ganho de 2,2% no período: “Esse resultado em maio é ligado principalmente aos serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, com destaque para as empresas que fornecem alimentos preparados para outras empresas, como para aviões, presídios e restaurantes universitários”.
Os demais avanços do mês vieram de outros serviços (+0,6%), e de informação e comunicação (+0,2%). A única retração do mês ficou com os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%), que emplacaram o segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,5%. “Nesse setor, houve impacto das empresas de intermediação de negócios, de atividades jurídicas e de cobranças e informações cadastrais”, apontou o pesquisador.