FGV

Confiança empresarial alcança maior nível desde outubro do ano passado

Índice que mede a confiança dos empresários subiu 3% em junho, com definição de arcabouço e queda nos juros em um horizonte próximo

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), apresentou um avanço de 3% no último mês, em relação a maio, e atingiu 94,5 pontos. Os números representam o maior nível de confiança desde outubro do ano passado, quando o indicador chegou ao patamar de 98,2 pontos.

Mesmo assim, houve decréscimo no otimismo dos empresários no último ano. Na comparação com junho de 2022, houve queda de 4,3% no indicador.

Para realizar a pesquisa, o FGV/Ibre mede a confiança de quatro setores que representam o empresariado: indústria, serviços, comércio e construção. Entre os componentes do ICE, o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) registrou alta de 4 pontos, e alcançou 95,1. Do mesmo modo, o Índice de Expectativas (IE-E) subiu 2,8 pontos e atingiu 96,2.

Maior confiança, mas com ressalva 

Apesar da confiança maior, a pesquisa mostra que ainda há uma grande preocupação dos empresários com os próximos seis meses. O indicador que mede as expectativas com o ambiente de negócios para os próximo semestre (92,8 pontos) ainda se encontra abaixo do nível de indicadores, que quantificam a confiança nos três meses seguintes, a exemplo do Índice de Demanda Prevista (94,2 pontos) e do Índice de Emprego Previsto (98,3 pontos.).

Para o Superintendente de Estatísticas do FGV/Ibre Aloisio Campelo Jr, a melhora do índice de confiança neste mês foi influenciada pela definição do novo arcabouço fiscal, aprovado na Câmara dos Deputados ainda no final de maio, além da perspectiva de queda na taxa de juros nos próximos meses.

“Mas a excessiva preocupação das empresas no horizonte de seis meses revela a persistência de um moderado pessimismo com a possibilidade de retomada mais consistente do nível de atividade este ano. A continuidade da tendência de alta da confiança dependerá da evolução do ambiente macroeconômico nos próximos meses”, ponderou Campelo Jr.

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*Estagiário sob a supervisão de Lorena Pacheco