Petrobras muda política de remuneração e reduz ganho de acionistas

O percentual de remuneração caiu de 60% para 45% do dinheiro à disposição no caixa da empresa

Sarah Paes - Especial para o Correio

postado em 29/07/2023 22:53 / atualizado em 29/07/2023 22:54

Segundo a empresa, o modelo permitirá a sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos - (crédito: Mauro Pimentel/AFP - 9/3/20)

A Petrobras divulgou uma nova política de distribuição de remuneração, parcela dos lucros distribuída aos acionistas, definida após reunião do Conselho de Administração da companhia, nesta sexta-feira (28/7). Aprovada pela maioria, o percentual caiu de 60% para 45% do fluxo de caixa livre (dinheiro à disposição no caixa). Segundo a empresa, o modelo permitirá a sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos.

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De acordo com o comunicado, o fluxo de caixa livre é a diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, ou seja, representa o valor que sobra no caixa após os investimentos. Com esta ação, a nova política também ampliou a definição de investimentos para incluir aquisições de participações societárias, ou seja, quando a companhia poderá adquirir suas próprias ações.

“Essa inclusão da recompra na Política busca alinhar a Petrobras às suas principais pares internacionais, que vêm realizando robustos programas de recompra de ações, em complemento ao pagamento de dividendos”, explica a nota.

As mudanças na política de remuneração e de recompra de ações haviam sido pedidas pelo Conselho de Administração em maio. A ação foi realizada após uma revisão de elementos para o Plano Estratégico 2024-2028. Apesar da mudança, foi mantida a distribuição a cada três meses de remuneração aos acionistas, momento em que a nova fórmula será aplicada. A política já está valendo e será aplicada ao resultado do segundo trimestre de 2023.