Orçamento

Tebet anuncia corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento da Fazenda

A ministra do Planejamento afirmou que a pasta já fez um corte de despesas na ordem de 30%, buscando folgar o orçamento para os gastos obrigatórios do governo com o novo arcabouço fiscal

Rafaela Gonçalves
postado em 27/07/2023 14:26 / atualizado em 27/07/2023 14:26
Segundo Tebet, Haddad já estava ciente do corte.
Segundo Tebet, Haddad já estava ciente do corte. "Nós só viemos expressar esses números e mostrar onde iriam esses cortes" - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senad)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, anunciou nesta quinta-feira (27/7) que o governo precisará promover um corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Ministério da Fazenda. "Tenho uma tarefa ainda mais árdua, que é tentar mostrar para o ministro Haddad que tivemos que fazer um corte de R$ 2,6 bilhões no ministério dele”, disse, na chegada a uma reunião na sede da Fazenda.

Segundo Tebet, Haddad já estava ciente do corte. “O ministro já sabia que haveria um corte em grandes números, nós só viemos expressar esses números e mostrar onde iriam esses cortes. Foi uma decisão conjunta da JEO (Junta de Execução Orçamentária)”, apontou.

A ministra afirmou que a pasta do Planejamento já fez um corte de despesas na ordem de 30%, buscando folgar o orçamento para os gastos obrigatórios do governo. “Para podermos, nesse cobertor curto, destinar o máximo possível de recursos para políticas públicas, para projetos de investimentos, para as ações e programas dos ministérios finalísticos, que não envolvam, obviamente, aqueles ativos, aqueles ministérios”, afirmou.

“Da mesma forma, como a minha equipe mostrou de onde seriam os cortes do meu ministério, eu vim agora fazer essa gentileza com o ministro Haddad, e mostrar de onde a equipe dele, junto à nossa equipe, tirou esses valores”, explicou.

Tebet atribuiu o corte ao remanejamento do orçamento com o arcabouço fiscal, que sofreu alterações no Congresso. “Algumas despesas entraram no novo teto como o piso da enfermagem, que não estava. Nós tivemos um espaço fiscal menor, em vez de tirar de políticas públicas, nós tiramos dos nossos discricionários”, disse. “No geral, quando você pega as despesas obrigatórias e as discricionárias, o corte do Ministério da Fazenda ficou em menos de 1%”, acrescentou.

 

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