Banco Central

TCU vai investigar Campos Neto após fala sobre terceirização no BC

Na semana passada, o presidente do Banco Central disse que está aberto à possibilidade de terceirizar a gestão de ativos da autarquia

Yasmin Rajab
postado em 25/07/2023 15:38 / atualizado em 25/07/2023 15:39
O presidente do Banco Central disse que está aberto à possibilidade de terceirizar a gestão de ativos da autarquia -  (crédito: Lula Marques/Agencia Brasil)
O presidente do Banco Central disse que está aberto à possibilidade de terceirizar a gestão de ativos da autarquia - (crédito: Lula Marques/Agencia Brasil)

O Tribunal de Contas da União (TCU), junto ao Ministério Público de Contas, abriu uma investigação contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, após falas sobre terceirizar a gestão de ativos da autarquia, especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil.

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado foi quem solicitou a investigação, sob a justificativa de que a pretensão de Campos Neto é um "risco de o país não conseguir honrar seus compromissos financeiros". 

"Diante de todos os riscos envolvidos, no meu entender, é inadmissível terceirizar a gestão de ativos do Banco Central especialmente com relação à administração das reservas internacionais do Brasil. A referida possibilidade reclama, pois, a obrigatória e pronta atuação do Tribunal de Contas da União, de forma a se determinar a detida e minuciosa apuração dos fatos", disse Furtado por meio da representação.

A declaração polêmica do presidente do BC aconteceu na última quinta-feira (20/7). Na ocasião, ele afirmou estar aberto para a possibilidade de terceirizar a gestão de ativos do Banco Central. As falas aconteceram durante uma entrevista ao canal BlackRock Brasil.

Em resposta ao Correio, o TCU respondeu que "a representação do MPTCU sobre esse assunto será analisada no processo TC 021.985/2023-5, de relatoria do ministro Benjamin Zymler. Ainda não há decisão do Tribunal. Os documentos não estão públicos no momento."

A reportagem também tentou contato com o Banco Central, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto para manifestações. 

 

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