O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (24/7) que o governo quer antecipar a depreciação acelerada de investimentos para permitir que empresas usem o instrumento já em 2024. Segundo ele, o formato ainda será definido pelo Congresso Nacional, mas o impacto nas contas públicas, com a redução da arrecadação, pode ir de R$ 3 bilhões a R$ 15 bilhões.
“Nós vamos ver a evolução da tramitação do orçamento agora a partir de 31 de agosto, e vamos definir o ponto de partida da depreciação acelerada. Está combinado que começa em 2024, mas vamos calibrá-la de acordo com a apreciação por parte do Congresso Nacional e das leis que serão encaminhadas neste mês”, afirmou.
- Reforma tributária não mira ajuste fiscal das contas públicas, diz Haddad
- MP das Apostas vai arrecadar R$ 2 bilhões em 2024, afirma Haddad
- Haddad sobre tributação sobre renda: "Mais para o fim do ano"
A depreciação acelerada se dá quando a empresa contabiliza um valor de desgaste de maquinário acima do usual. A prática é utilizada de forma logística para utilizar os valores de depreciação nas apurações fiscais, para que seja maior do que os valores contabilizados.
Ponto de partida
De acordo com o ministro da Fazenda, o impacto só poderá ser realmente estimado a partir da votação do Orçamento para o próximo ano. “Ela [a depreciação] pode variar muito, o pacote geral pode ir de R$ 3 bilhões a R$ 15 bilhões, vai depender do espaço que o Congresso nos permitir em função das leis que serão encaminhadas. Nós vamos calibrar à luz dessa definição que cabe ao parlamento, não cabe ao Executivo”, explicou.
E emendou: “Como no ano seguinte você já começa a recuperar créditos, é uma coisa que você consegue avaliar em função do espaço fiscal que você tiver. A depender da tramitação do Orçamento e das leis no Congresso Nacional, nós vamos definir esse ponto de partida. O ponto de partida pode ser menor, maior ou médio, à luz das nossas condições para o próximo ano, mas começa em 2024”.
Saiba Mais
- Economia Brasil tem onda de recuperação judicial com calote de mais de R$ 100 bi
- Economia Reformas vão ampliar o mercado de capitais, diz Marcos Barbosa Pinto
- Economia Bancos renegociam quase meio bilhão na primeira semana do Desenrola
- Economia Receita cancela leilão após lance de R$ 27,5 milhões por Renault Kwid
- Economia "Precisamos transformar os sistemas alimentares", diz presidente do Fida
- Economia Exploração de terras raras é considerada o "ouro do futuro"