O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (18/7) que a reforma tributária sobre o Imposto de Renda (IR) será enviada ao Congresso Nacional somente após a aprovação da reforma sobre o consumo, em tramitação no Senado. "Mais para o final do ano", disse a jornalistas.
Questionado, Haddad também negou que haja definição sobre a alíquota para lucros e dividendos e sobre a do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ). “Não. Nós vamos começar as discussões internas da Fazenda, vamos apresentar para a área econômica, fazer o mesmo protocolo que a gente sempre faz para as coisas saírem bem feitas”, disse.
- Reforma tributária avança: como ficam os impostos segundo a proposta
- Carga tributária vai subir com reforma tributária e arcabouço fiscal
- Veja como a reforma tributária pode impactar a sua vida
Uma proposta aprovada pela Câmara dos Deputados em 2021 e parada no Senado definia uma alíquota de 15% para a distribuição de lucros e dividendos das empresas para as pessoas físicas. Além disso, era prevista uma redução de sete pontos percentuais no imposto das empresas e de até um ponto percentual na alíquota de contribuição social.
O ministro afirmou que o governo não deve aproveitar o texto aprovado em tramitação e enviará uma nova proposta. "Não devemos aproveitá-la, não. Nesse caso é lei ordinária, não é PEC”, declarou.
Desoneração da folha
O ministro adiantou que a desoneração da folha de pagamento deve vir de "forma combinada" na segunda fase da reforma. Para Haddad, seria muito ruim misturar a discussão com a reforma que está no Senado. "Você vai misturar assuntos muito diferentes e comprometer a reforma sobre o consumo", avaliou.
Haddad disse, ainda, que o governo federal não está contando com eventuais recursos da reforma do Imposto de Renda para tentar cumprir a meta de zerar o deficit das contas do governo em 2024.
Saiba Mais
- Economia Gripe aviária: Japão suspende importação de produtos avícolas de SC
- Economia Governo anuncia autorização de novos concursos públicos; acompanhe
- Economia Esther Dweck anuncia 3.026 vagas em concursos públicos
- Economia Appy diz que alíquota do IVA vai depender das exceções que forem criadas
- Economia Justiça decreta falência da companhia aérea da Itapemirim
- Economia Demanda fraca foi o maior problema da indústria no 2º tri, aponta CNI
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.