Inflação de preços

IGP-10 recua 1,10% em julho, metade da queda registrada em junho

Segundo a FGV, a subida de preço da gasolina e do minério de ferro foram alguns dos itens que ajudaram a segurar a queda da inflação

Raphael Pati*
postado em 17/07/2023 11:47
Gasolina aumentou de preço com a volta da cobrança de PIS e Cofins -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Gasolina aumentou de preço com a volta da cobrança de PIS e Cofins - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibr) divulgou nesta segunda-feira (17/7) os dados da inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP) – 10, que caiu 1,10% em julho, metade da queda registrada em junho (2,20%). Segundo a FGV, a subida de preço da gasolina e do minério de ferro foram alguns dos itens que ajudaram a segurar a queda da inflação.

O IGP-10 é calculado através da média de outros três índices. O Índice de Preços ao Produtor Amplo – 10 (IPA-10) caiu 1,54% em julho, após registrar uma queda de 3,14% na última divulgação. Já os índices de Preços ao Consumidor – 10 (IPC-10) e de de Custo da Construção – 10 (INCC-10) ficaram praticamente estáveis, com crescimentos de 0,02% e 0,01%.

Para o coordenador dos Índices de Preços do FGV/Ibre, André Braz, a aceleração do preço do minério de ferro e as quedas menos intensas registradas para milho e para a soja contribuíram para o avanço do IPA-10.

“No âmbito do consumidor, a principal contribuição para a aceleração do IPC partiu da gasolina (de -3,20% para 2,26%), cujo aumento ocorre pela volta da cobrança dos impostos federais (PIS e Cofins). Na construção civil, o índice recuou devido a desaceleração dos reajustes captados para a mão de obra (de 2,27% para 0,28%)”, comenta o pesquisador.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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