A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, nesta quinta-feira (13/7), que este ano deve apresentar um recorde na safra de grãos produzidos em todo o país. A entidade prevê que a safra 2022/23 encerre com um saldo de 317,6 milhões de toneladas. Na comparação com a colheita do ano passado, esse volume representa um crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas.
De acordo com a Conab, a estimativa leva em consideração o desempenho positivo das lavouras de milho segunda safra e também a expansão da área cultivada de trigo. Em relação ao desempenho mensal, se comparado a junho de 2022, o mês passado apresentou um saldo positivo de 0,6%. Ainda segundo a entidade, o resultado foi reflexo de boas condições climáticas.
“É com muita alegria por poder passar para o nosso país os números tão expressivos e positivos da previsão de safra 2022/20223. A previsão que divulgamos agora não só consolida números tão positivos de uma safra recorde que o nosso país terá, mas também está prevendo mais um aumento”, disse o presidente da Conab, Edegar Pretto.
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Etapas de colheita
Neste mês, em que foi divulgada a estimativa, todas as culturas de primeira safra - que são plantadas entre novembro e dezembro - já encerraram o período de colheita, à exceção do milho. As de segunda safra vão iniciar agora, neste mês, o estágio inicial da colheita, e as de terceira - que são as consideradas ‘de inverno’ - ainda se encontram em fase final de plantio.
Segunda maior cultura agrícola do Brasil, o milho deve encerrar esta safra com saldo de 127,8 milhões de toneladas, segundo a estimativa da Conab, o que revela um aumento de 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima de 2021/22. Já o principal grão produzido no país, a soja, deve atingir uma produção recorde, de 154,6 milhões de toneladas, o que indica uma expansão de 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da registrada no ano passado.
Mais terras
O levantamento da Conab também indicou que houve uma expansão da área cultivada de grãos nesta última safra. Durante esse período, o aumento foi de 4,9%, que fez com que a área total de plantio atingisse 78,2 milhões de hectares em 2022/23.
A expectativa é que a elevação da produção brasileira deve aumentar o volume de exportações do milho neste ano, em virtude de uma demanda internacional maior. Com isso, a projeção feita pela entidade é que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país. Já para o estoque interno, também há uma previsão de aumento de 27,6% até o final deste ano-safra, que deve atingir 10,3 milhões de toneladas.
*Estagiário sob a supervisão de Thays Martins
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