A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou nesta quarta-feira (12/7) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem "cartas na manga" para aumentar a arrecadação federal sem pesar na carga tributária.
Segundo ela, apesar de 2024 ser um "ano difícil" para o novo arcabouço fiscal, as medidas devem corrigir a arrecadação. Em sua avaliação, o déficit nas contas públicas será de, no pior dos casos, 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), apesar da promessa do governo de zerar o déficit no ano que vem.
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"Temos projeções conservadores. Nós temos que trabalhar com números conservadores, mas sabemos que o ministro Haddad tem cartas na manga do colete. Eu sei de, pelo menos, três que aumentariam receita sem aumentar impostos", declarou Tebet em entrevista à Globonews. "São recursos excepcionais para o ano que vem, que é o ano difícil do arcabouço", acrescentou.
Resultado depende de medidas econômicas
De acordo com a ministra, em 2023 o déficit deve sair de 2% do PIB para 1%. O resultado, porém, depende da aprovação de medidas econômicas, como a reforma tributária e o voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que desempata disputas tributárias em favor do governo.
"Se nós diminuímos pela metade, passar de 1% para 0% com essas cartas na manga que se efetivarem vai ser possível. Na pior das hipóteses, nós não fechamos no núcleo, mas estamos dentro da banda, que é 0,25%, que vai var menos R$ 25 bilhões, R$ 30 bilhões", disse ainda Tebet.
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