Ao ser indagado há pouco pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) sobre a autonomia do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo, indicado para o cargo de diretor de Política Monetária da autarquia, respondeu que “não cabe aos diretores do Banco Central opinar ou dar qualquer diretriz sobre isso (autonomia).
A gente acata a legislação que está sendo colocado por essa Casa e pela Câmara”. Ex-secretário executivo do ministério da Fazenda, ele está sendo sabatinado, nesta manhã, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Após a audiência pública na comissão, ele ainda terá seu nome submetido ao plenário.
Galípolo contou que, enquanto atuou como interlocutor entre o mercado e equipe de transição, no final do ano passado, percebeu que há uma certa incompreensão do que seja a autonomia técnica da instituição. “Muitas vezes se entende a autonomia do BC como autonomia do processo democrático. Como se alguém quisesse ser indicado para fazer algo à revelia do que saiu da vontade democrática. Tenho certeza de que esse não é o desejo de ninguém que é indicado para assumir cargo na autarquia”, comentou.
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“É preciso se entender que é o poder eleito democraticamente, a vontade que saiu das urnas, que determina qual é o destino econômico da sociedade. A autonomia técnica e operacional é aquilo que foi determinado e que os diretores devem seguir”, completou.
Além Galípolo, está sendo sabatinado o advogado Ailton de Aquino Santos, funcionário de carreira do BC, para o cargo de diretor de Fiscalização.
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