O setor público consolidado registrou deficit primário de R$ 50,172 bilhões em maio, após resultado superavitário de R$ 20,324 bilhões de abril. Segundo os dados do Boletim de Estatísticas Fiscais, divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (30/6), este é o pior desempenho para o mês na série histórica desde 2020.
Os dados consideram Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras. Em maio do ano passado, o resultado havia sido deficitário em R$ 15,541 bilhões.
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No mês, o resultado fiscal foi composto por um deficit de R$ 43,188 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 6,816 bilhões em maio.
Enquanto os estados registraram um deficit de R$ 5,527 bilhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 1,289 bilhão. Já as empresas estatais registraram deficit de R$ 168 milhões.
Acumulado do ano
O governo registrou superavit de R$ 28,529 bilhões no acumulado do ano, contra superavit de R$ 115,500 bilhões no mesmo período de 2022. Em relação ao deficit nominal, que inclui despesas com juros, o resultado foi de R$ 119,226 bilhões em maio. Um ano antes, o resultado havia sido deficitário em R$ 65,971 bilhões.
O resultado nominal de maio refletiu um deficit primário de R$ 50,172 bilhões e uma conta de juros de R$ 69,053 bilhões. Em 12 meses, o deficit nominal alcançou R$ 656,549 bilhões, o equivalente a 6,39% do PIB. Em abril, estava negativo em 5,90% do PIB. A conta de juros no mesmo período somou R$ 695,572 bilhões, ou 6,77% do PIB, vinda de 6,83% em abril.