O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ampliar a proporção de terras voltada para alimentos será fundamental para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas que se avizinham. Durante lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, nesta quarta-feira (28/6), Haddad citou ainda que a medida poderá diminuir o valor das terras no país.
“Essa dolarização dos alimentos, em função das commodities, está afetando inclusive o preço da terra no Brasil. Isso vai exigir uma enorme mobilização para readequar a terra à produção de alimento e recuperar o solo”, disse em seu discurso.
Ele acrescentou que o programa, lançado hoje, ajudará o país a recuperar o solo degradado com o objetivo de ampliar a produção de alimentos, o que contribuirá para o desenvolvimento econômico do país. “Isso é essencial para o plano econômico dar certo. A economia não vai bem, se o campo não for bem, se o alimento for caro, se a miséria for a prática estabelecida no campo”, acrescentou.
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Inflação
Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, também destacou a importância da agricultura familiar para o combate à fome no Brasil e na redução dos preços dos alimentos. “Menos juros é mais crédito para diminuir o preço dos alimentos e assim reduzir a inflação”, disse o ministro, ao cobrar do Banco Central a redução da taxa básica de juros, Selic, hoje em 13,75% ao ano.
“Queremos garantir as condições para que a agricultura familiar possa colocar alimentos saudáveis na mesa de todos os brasileiros e brasileiras. Por isso, estamos reduzindo os juros para a produção de alimentos, passando de 5% para 4% ao ano. Além disso, as alíquotas do Proagro Mais serão reduzidas em 50% para a produção de alimentos, como arroz, feijão e mandioca”, completou.