O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou, nesta terça-feira (27/6), o Plano Safra 2023-2024, com valor recorde de R$ 364,22 bilhões para financiamento da agropecuária no país. Além de prometer aumento na quantia a cada ano, o presidente falou sobre diferenças ideológicas existentes com o setor do agro, forte apoiador de Jair Bolsonaro.
“Se enganam aqueles que pensam que o governo pensa ideologicamente quando vai tratar de um plano Safra. Se enganam os que pensam que o governo vai fazer mais ou vai fazer menos porque tem problemas ou não-problemas com o agronegócio brasileiro. A cabeça de um governo responsável não tem a pequenez de ficar insuflando o ódio entre as pessoas”, disse.
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Com o Plano Safra, o governo pretende incentivar o fortalecimento de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.
“Nós não precisamos desmatar nada para criar mais gado, para plantar mais soja, nós temos possibilidade de recuperar milhões de hectares de terra degradadas que esse país tem”, disse Lula.
Complementando os valores para o setor rural, na quarta-feira (28/6), Lula anuncia o Plano Safra da Agricultura Familiar, com valor em torno de R$ 77 bilhões em recursos e taxas de juros menores para o financiamento de pequenos produtores na produção de alimentos, aquisição de máquinas e práticas sustentáveis, como bionsumos, sociobiodiversidade e transição agroecológica.
Taxa de juros
No evento, realizado no Palácio do Planalto, Lula voltou a condenar, com veemência, a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. O petista disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, precisa ser convocado para prestar esclarecimentos no Senado. “Precisamos conhecer a sua responsabilidade com o Brasil. Uma das metas do Banco Central é manter o controle da inflação, o que tem sido alcançado com êxito. A política econômica está progredindo bem, enviando sinais cada vez mais fortes de que o controle da inflação é permanente. Qual é a justificativa para uma taxa de juros básica de 13,75%?”, indagou.
Com informações de Agência Brasil.