Funcionários do Banco Central prometem duas paralisações parciais na próxima semana, na terça (13/6) e quinta-feira (15). A decisão foi anunciada após a Assembleia Geral Nacional (AGN) da categoria, feita na quarta-feira (7). Insatisfeitos com a falta de avanços nos pleitos em relação a reestruturação da carreira do BC, os servidores inflaram ainda mais, após a regulamentação do bônus de eficiência dos auditores fiscais da Receita Federal, o que fere o princípio da simetria das carreiras.
“Caso a agenda da categoria continue a ser ignorada pela Ministra Esther Dweck (Gestão), o próximo passo será a aprovação da Operação Padrão com impactos ainda mais fortes sobre os serviços do BC”, avisou o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do BC (Sinal), Fábio Faiad.
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A temperatura esquentou na quarta-feira pela ausência da ministra em uma reunião realizada, no ministério da Gestão, com entidades representativas do corpo técnico do BC. “Os integrantes do Governo, seis meses depois da apresentação da pauta reivindicatória não-salarial pelos servidores, alegaram não ter conhecimento das demandas da categoria”.
Na assembleia, também foi remarcada a reunião plenária do Fórum Pix, com participantes do mercado, prevista anteriormente para ocorrer na tarde do dia 15.
“O sucateamento a olhos vistos da carreira de especialista do órgão, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres, coloca em risco as entregas da Autarquia à sociedade e põe em risco o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel de regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STR, Selic e Pix, por exemplo”, observa Faiad.