Após a publicação da Medida Provisória que estabelece um pacote de incentivos econômicos para a compra de automóveis, algumas das principais montadoras que atuam no Brasil começaram a divulgar nesta terça-feira (6/6) suas tabelas de preços com descontos. Os valores reduzidos já estão disponíveis e têm validade de quatro meses ou até que o limite disponibilizado pelo governo para o financiamento do programa seja atingido.
O modelo mais barato encontrado até o momento é o Renault Kwid, que está saindo por R$ 58.990,00. O desconto é de R$ 10 mil, somando a faixa de descontos do governo com outros percentuais de promoção praticados no mercado de automóveis.
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Já a Hyundai anunciou um desconto de R$ 6 mil no modelo HB20, que deve passar de R$ 82.290 para R$ 74.290. De acordo com a montadora, os valores ainda podem variar de acordo com a tabela de cada concessionária.
A Fiat ainda não divulgou o valor dos descontos nos modelos que se enquadram na faixa do programa, válido para veículos de até R $120 mil. No site da montadora os clientes encontram um aviso de "em breve oferta com preços reduzidos". Ao clicar no botão “eu quero", a página é direcionada para um link de cadastro para receber futuramente as ofertas.
A Volkswagen seguiu o mesmo modelo. Os descontos e faixas de valores para os modelos da marca ainda não foram divulgados, mas no site da montadora os interessados já podem realizar um cadastro para receber as ofertas.
MP
O governo federal publicou hoje no Diário Oficial da União a medida provisória que cria faixas de descontos para veículos populares conforme critérios de sustentabilidade econômica, ambiental e nacionalidade. Os descontos para os carros populares vão de R$ 2 mil até R$ 8 mil.
Para ônibus e caminhões, os descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil, e são associados à entrega de veículos da mesma categoria, usados e em condições de rodagem. Também é exigida que a documentação do veículo entregue esteja regularizada, com licenciamento de 2022 e emplacamento
A medida tem validade de quatro meses e durante esse período, o desconto será registrado na nota fiscal e não incidirá no cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o automóvel.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa custará R$ 1,5 bilhão, ante previsão inicial de R$ 500 milhões, devido a inclusão dos ônibus e caminhões. Serão R$ 500 milhões para para os automóveis de passeio, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus. A expectativa é de que o programa dure quatro meses, mas, assim que atingir o valor destinado ao custeio, a medida deve ser encerrada.
Descontos
Os descontos anunciados pelo governo seguirão um esquema de pontos com base em quatro critérios: fonte de energia, consumo energético, preço e densidade produtiva de acordo com a nacionalidade, que considera a porcentagem do carro que é produzida no Brasil. Para calcular o desconto de cada veículo, é necessário somar os pontos que ele tem em cada um dos critérios estabelecidos pelo governo.
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