O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (5/6) que o programa para baratear o preço dos carros populares foi repaginado e passará a focar em ônibus e caminhões. “A gente repaginou o programa, que ficou mais voltado para transporte coletivo e transporte de carga, mas o carro também está contemplado”, disse a jornalistas, na chegada à sede da pasta.
O ministro vai se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta manhã no Palácio do Planalto, onde deve debater a medida. O governo anunciou inicialmente uma redução de impostos para baixar o preço final dos carros populares em até 10,96%.
- Governo planeja retorno dos carros populares para incentivar à indústria
- Medida para carros populares pode enfraquecer economia, avaliam economistas
- Haddad quer levar a Lula estudos para baratear carros ainda nesta semana
A ideia é que o programa valesse temporariamente e fosse aplicado a veículos com valor de até R$ 120 mil, o que faria com que os carros mais baratos no país pudessem custar menos de R$ 60 mil.
Reoneração do diesel
O governo pretende antecipar a reoneração do óleo diesel para arrecadar cerca de R$ 3 bilhões. Metade do montante deve usado para baratear os carros populares, caminhões e ônibus mais ecológicos.
A reoneração do combustível será feita em duas etapas: metade em setembro e a outra metade em janeiro. O valor que será arrecadado com a volta da cobrança do imposto sobre o diesel vai compensar os créditos tributários gerados aos fabricantes de veículos.
De acordo com o desenho, o consumidor terá uma redução no preço, e esse desconto será convertido em crédito tributário para a indústria. Esse crédito poderá ser usado pelas montadoras num segundo momento, para abater tributos devidos à União.