A balança comercial brasileira segue em trajetória de crescimento. Após emplacar quatro superavits consecutivos em 2023, o índice que mede a razão entre exportações e importações registrou o quinto resultado positivo neste ano. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), a balança comercial apresentou superavit de US$ 11,38 bilhões e crescimento de 129,5% no mês de maio.
O resultado foi fruto da expansão das exportações, principalmente no setor agropecuário, que em maio, teve crescimento de 15,7%, o que totalizou ganhos de US$ 9,23 bilhões. No geral, houve alta de 11,6% nas exportações e queda de 12,1% nas importações.
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Na agropecuária, a comercialização de animais vivos — não incluído pescados ou crustáceos —, que teve 245,4% de crescimento, de arroz com casca, paddy ou em bruto, com acréscimo de 287.085,5% nas vendas, e da soja, que teve aumento de 23,0%, alavancaram as exportações do mês de maio no país. No sentido contrário, o milho (-65,9%), o café (-8,3%) e o algodão (-41,3%) tiveram resultados negativos no último mês.
Balança cresce quase 40% em 2023
No acumulado do ano, a balança comercial já apresenta superavit de US$ 35,28 bilhões, com crescimento de 39,1%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. A agropecuária segue como a principal atividade comercializada no exterior, e conta com um aumento de 3,9%, o que totalizou US$ 136,39 bilhões em vendas. Já as indústrias Extrativa e de Transformação cresceram 7,5% e 1,1% no mesmo período, respectivamente.
Principal parceiro comercial do país, desde 2009, a China continua investindo com força nos produtos brasileiros. Até maio, a balança comercial com a China foi lucrativa em US$ 20,17 bilhões, assim como com a Argentina. A venda de produtos para os nossos vizinhos cresceu 27,1%, o que totalizou um superavit de US$ 2,50 bilhões para o Brasil.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro