O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 1,93% em junho, no terceiro mês consecutivo de deflação. O indicador mede a inflação do aluguel e é usado para reajustar grande parte de contratos do setor.
Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) nesta quinta-feira (29/6), o índice acumula queda de 4,46% no ano e de 6,86% em 12 meses.
Em junho de 2022, o índice havia subido 0,59% e acumulava alta de 10,70% em 12 meses. Desde abril deste ano, o indicador vem registrando uma deflação na comparação ano ano, o que não acontecia desde fevereiro de 2018.
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O índice é composto por três indicadores: o Índice de Preços ao Produtor (IPA), que responde por 60% da composição e teve queda de 2,73% em junho; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% e caiu 0,25% no mês; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%, que subiu 0,85% em junho, sendo a única alta.
Combustíveis
Segundo o coordenador dos Índices de Preços do Ibre-FGV, André Braz, a deflação ao produtor foi impulsionada pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria. “O preço do diesel encolheu 13,82%, enquanto o preço da gasolina caiu 11,69%. Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%)”, afirmou.
No âmbito do consumidor, as principais contribuições para a queda também partiram dos preços da gasolina (-3,00%) e dos automóveis novos (-3,76%), devido ao pacote de medidas do governo para baratear o preço dos carros populares. Já no âmbito da construção medida pelo INCC, o único que registrou alta, o principal destaque foram os preços da mão de obra, que registraram um avanço de 1,81% em junho, ante alta de 0,75% no mês anterior.
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