Selic

BC: Copom sinaliza corte de juros em agosto, se inflação continuar caindo

A avaliação predominante entre os membros do colegiado é de que a continuidade da queda da inflação pode resultar em uma queda dos juros já na próxima reunião do Copom, marcada para o início de agosto

Rafaela Gonçalves
postado em 27/06/2023 08:57 / atualizado em 27/06/2023 14:41
 (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou na ata de sua última reunião, divulgada nesta terça-feira (27/6), que está inclinado a iniciar um ciclo de cortes na taxa básica de juros (Selic), mantida em 13,75% ao ano. A avaliação predominante entre os membros do colegiado, responsável por fixar os juros básicos da economia, é de que a continuidade da queda da inflação, e seu impacto sobre as expectativas, pode possibilitar uma queda dos juros em sua próxima reunião, marcada para o início de agosto.

"A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão [corte dos juros] na próxima reunião", informou o Banco Central.

De acordo com o documento, uma parte do colegiado se mostrou mais cauteloso. Para esses membros, a dinâmica desinflacionária ainda reflete a desaceleração dos preços de componentes mais voláteis e que há dúvida sobre o impacto do aperto monetário em curso até o momento.

“Para esse grupo, é necessário observar maior reancoragem das expectativas de longo prazo e acumular mais evidências de desinflação em componentes mais sensíveis a impactos sazonais”, destacou o comunicado.

Dinâmica inflacionária

A autoridade monetária afirmou que os membros do comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária. “Em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, avaliou.


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