Economia verde

Governo prepara emissão de títulos sustentáveis a partir de setembro

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a emissão dos títulos públicos deve marcar um "passo concreto do Brasil" dentro da agenda ESG (Environmental, Social and Governance)

Rafaela Gonçalves
postado em 23/06/2023 11:44 / atualizado em 23/06/2023 11:45
 (crédito:  Edu Andrade/Ascom/MF)
(crédito: Edu Andrade/Ascom/MF)

O governo federal está trabalhando para lançar títulos sustentáveis no mercado externo a partir de setembro. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a emissão dos títulos deve marcar um "passo concreto do Brasil" dentro da agenda ESG (Environmental, Social and Governance).

Ele participou nesta quinta-feira (22/6) da primeira reunião do Comitê de Finanças Sustentáveis Soberanas. O colegiado, presidido pelo secretário, será responsável por elaborar o arcabouço das emissões e posteriormente pelo processo de prestação de contas dos compromissos firmados nas emissões.

“Desde o início de janeiro estamos trabalhando nessa agenda, buscando no segundo semestre, materializar a presença do Brasil no mercado mundial de bonds sustentáveis”, afirmou Ceron.

Segundo o secretário, há um apetite e um interesse muito grande de investidores externos e o momento exato do lançamento do papel no mercado internacional vai depender da melhor janela de oportunidade até o final do ano. "A data adequada entre setembro, outubro e novembro vai depender da janela de mercado, é um posicionamento estratégico do Tesouro para encontrar a melhor janela de oportunidade para realizar as emissões", declarou.

Arcabouço

O arcabouço é o que guiará a emissão dos títulos sustentáveis. O documento tem o papel de apresentar aos investidores os compromissos do Brasil na agenda ambiental, social, de governança e de finanças, além de trazer as diretrizes e os critérios que a União adotará para lançar os papéis no mercado.

Ceron afirmou que os órgãos, que estão fornecendo subsídios para a preparação do arcabouço, não estão envolvidos apenas nos temas ambientais, mas também no combate à fome, à desigualdade e à extrema pobreza. "Nós já temos uma minuta discutida, temos alguns aprimoramentos e sugestões. Agora, é um trabalho de consolidação das contribuições. Há uma nova reunião que vai ocorrer em julho e nós devemos ter o arcabouço fechado para iniciar o processo de uma avaliação independente sobre adequação desse arcabouço e, então, nós estamos prontos”, acrescentou.

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