Puxado pelo setor de transportes, volume de serviços recua 1,6% em abril

Quatro das cinco atividades pesquisadas apresentaram retração. O resultado foi puxado principalmente pelos transportes, segmento que recuou 4,4% no mês

Rafaela Gonçalves

postado em 15/06/2023 10:14 / atualizado em 15/06/2023 10:22

(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

O setor de serviços apresentou queda de 1,6% em abril de 2023 na comparação com março, após acumular ganho de 2,1% entre fevereiro e março. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta quinta-feira (16/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado foi puxado pelos transportes, segmento que recuou 4,4% no mês.

Com isso, o acumulado no ano ficou em 4,8% e o acumulado nos últimos 12 meses passou de 7,3% em março para 6,8% em abril, menor resultado desde agosto de 2021 (5,1%).

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Quatro das cinco atividades pesquisadas apresentaram retração. Assim como em março, o setor de transporte se destacou como a principal influência, devolvendo parte do ganho acumulado (7,5%) entre fevereiro e março.

“Vários segmentos de serviços dentro desse setor acabaram por gerar um impacto negativo: gestão de portos e terminais, transporte rodoviário de cargas, rodoviário coletivo de passageiros e transporte dutoviário. Esses segmentos tiveram importância no âmbito do volume de serviços como todo, ultrapassando a fronteira do próprio setor”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Os demais recuos vieram de serviços de informação e comunicação (-1,0%), de profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e de outros serviços (-1,1%).

“Nos profissionais, administrativos e complementares, destacam-se os serviços de engenharia, de apoio às atividades empresariais e de organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções. Já os outros serviços foram pressionados pelos segmentos de serviços financeiros auxiliares e de corretoras de títulos e valores mobiliários”, detalhou Lobo.

Serviços prestados à família

A única atividade em expansão do mês foi a dos serviços prestados às famílias, que avançou 1,2%, recuperando parte da perda acumulada entre fevereiro e março (-2,2%). "O ganho nesse mês vem tanto de alojamento e alimentação como de outros serviços prestados às famílias. Dentro desse segmento, a parte de atividades teatrais, musicais e de espetáculos em geral teve maior influência”, observou o gerente.