A indústria brasileira chegou a abril operando 2% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas oito das 25 atividades investigadas rodam em nível superior ao pré-crise sanitária. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (2/6).
Em abril de 2023, os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de outros equipamentos de transporte (15,2%), impressão e reprodução de gravações (7,5%) e produtos farmacêuticos (6,8%). Também se mantinham acima do pré-pandemia derivados do petróleo (4,4%), produtos do fumo (4,2%), máquinas e equipamentos (3,3%), extrativas (1,8%) e alimentícios (1,5%).
No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de pré-pandemia são móveis (-27,0%), artigos de vestuário e acessórios (-23,6%) e máquinas e materiais elétricos (-21,0%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 0,2% acima do nível de fevereiro de 2020.
"Claramente mostrando redução nesse saldo positivo frente ao patamar pré-pandemia. Em agosto de 2022, esse saldo positivo era de dois dígitos, 16,7%", ressaltou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE. "Esse saldo positivo vem perdendo fôlego nos últimos meses."
A fabricação de bens intermediários está 2,7% acima do pré-covid. Os bens duráveis estão 23,4% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 5,9% aquém do patamar de fevereiro de 2020.
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