O Brasil registrou um deficit de US$ 1,68 bilhão nas contas externas em abril deste ano. De acordo com os dados, divulgados nesta sexta-feira (26/5) pelo Banco Central (BC), este é o pior desempenho para meses de abril desde 2019, quando o saldo foi negativo em US$ 3,109 bilhões. Em março, o saldo foi positivo em US$ 286 milhões, o primeiro superavit em oito meses.
No acumulado do ano, de janeiro a abril, as contas externas registraram um deficit de US$ 13,67 bilhões, em comparação com um resultado negativo de US$ 16,46 bilhões no mesmo período do ano passado. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o rombo é de US$ 54,2 bilhões, o equivalente a 2,76% do Produto Interno Bruto (PIB).
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De acordo com o BC, a queda no saldo negativo das contas externas, na parcial deste ano, está relacionada principalmente com a melhora da balança comercial no período. A metodologia considera a balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).
A balança comercial de bens registrou superavit de US$ 6,9 bilhões em abril, ficando praticamente estável, ante os US$ 6,8 bilhões de abril de 2022. A conta de renda primária, por sua vez, ficou deficitária em US$ 5,370 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 1,731 bilhão.
Investimento estrangeiro
Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira totalizaram US$ 3,31 bilhões em abril, contra US$ 11,08 bilhões no mesmo mês de 2022. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o saldo é de US$ 24,31 bilhões, uma queda quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando o saldo era de US$ 33,85 bilhões.