O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), antecipou que na quinta-feira (25/5) serão anunciadas medidas de apoio à indústria. Durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista da Indústria na Câmara dos Deputados, nesta quarta (24, Alckmin disse que aprendeu que “vice não fura titular”, mas adiantou que na ocasião o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) também pretende anunciar uma nova linha de crédito “importante”.
“Amanhã é o Dia da Indústria, e o presidente Lula vai fazer alguns anúncios que eu não posso adiantar agora. Mas é importante estabelecermos essa união, governo, parlamento, setor produtivo, trabalhadores e sociedade civil”, afirmou.
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Segundo o vice, Lula deverá assinar uma Medida Provisória e outros instrumentos. Sobre o crédito, ele garantiu que não incluirá subsídios federais e mencionou o grande sucesso da linha de crédito em dólares para o agronegócio criada pelo banco, sem deixar claro se seria feito o mesmo em relação à indústria.
Alckmin agradeceu aos parlamentares pela criação da Frente e destacou que o governo pretende mais ouvir do que falar na construção de propostas de política industrial. “A Frente Parlamentar une a todos e é plural. A Frente tem foco, que é a questão da neoindustrialização. Temos que recuperar o emprego, recuperar a indústria, e criar condições de o país crescer, e uma parte dessas decisões está no parlamento", disse.
Na ocasião, ele defendeu que o Brasil retorne ao Convênio de Crédito Recíproco (CCR), mecanismo utilizado pelos países latino-americanos para concederem mutuamente financiamento à exportação, descontinuado em 2019, primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Regra fiscal
Alckmin celebrou a aprovação da nova regra fiscal na Câmara e elogiou a ampla construção coletiva, que possibilitou votação expressiva. "Na votação do projeto do novo regime fiscal, não houve vencedores e nem vencidos. Foi uma construção coletiva sem toma lá dá cá, uma articulação inteligente, que traz segurança fiscal e proporciona uma política monetária melhor”, afirmou.
Segundo ele, um regime fiscal sustentável abrirá espaço para uma aceleração da redução dos juros, melhoria do ambiente de negócios, simplificação tributária e geração de emprego e renda. “Vejam só, os juros futuros já caíram 2%, então penso que a Frente Parlamentar pode ajudar muito a melhorar o ambiente de negócios do País", acrescentou.