O presidente da República em exercício, vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), frisou, nesta quarta-feira (17/5), que reformas como a tributária precisam ser aprovadas no primeiro ano de governo. Ele comentou ainda o novo arcabouço fiscal, cujo requerimento de urgência deve ser votado hoje na Câmara dos Deputados, e avaliou que há um cenário de queda da inflação atualmente no Brasil que pode levar à redução dos juros no futuro.
"Estou otimista. Acho que está maduro o projeto de reforma tributária. Reformas têm de ser aprovadas no primeiro ano. Se perder o primeiro ano, passou. Acho que ela não é uma obra acabada e perfeita, mas ela vai ajudar muito. Eficiência econômica, ajuda nas exportações", discursou Alckmin no Fórum de Competitividade, evento realizado pela Frente Parlamentar Brasil Competitivo, em Brasília. O vice-presidente assumiu a cadeira enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em viagem ao Japão, onde participaram de reunião do G7.
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Ele destacou que o acúmulo de tributações é um dos fatores que prejudica a competitividade das empresas brasileiras. "A cumulatividade acaba com a reforma tributária. A exportação vai crescer forte", avaliou.
Sobre a âncora fiscal, Alckmin destacou que é um projeto de grande importância e citou que pode ajudar no cenário de queda dos juros. O presidente em exercício citou que a inflação está atualmente a 4,2% ao ano, e deve ficar abaixo de 4%, números menores do que os dos Estados Unidos e da Europa. "Isso deve levar a uma redução de juros", frisou.
Para Alckmin, que também chefia o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o Brasil tem o diferencial no mundo para produzir de forma barata, de boa qualidade e com compensação das emissões de carbono, o que é uma demanda do mercado mundial atualmente.
"Temos possibilidades enormes de atrair investimento para o nosso país. O agronegócio, a mineração, mas especialmente também de valor agregado, Indústria e até serviços", disse Alckmin.