O Itaú Unibanco publicou o primeiro balanço trimestral da empresa deste ano, nesta segunda-feira (8/5). Os dados apontam um crescimento expressivo na comparação com o mesmo período no ano passado. Segundo a empresa, o lucro do banco nos três primeiros meses de 2023 foi de R$ 8,435 bilhões, o que representa um aumento de 14,6% neste indicador, em comparação com o primeiro trimestre de 2022.
Os dados apontam para o maior lucro já registrado em um primeiro trimestre entre bancos de capital aberto listados na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. Além disso, esse resultado representa o segundo maior lucro trimestral da história dos bancos no Brasil, como analisa o diretor comercial da TradeMap, Einar Rivero.
“Ao comparar os lucros trimestrais de todos os bancos listados na B3, o Banco do Brasil detém o maior registro, com R$ 8,62 bilhões no quarto trimestre de 2022. No entanto, entre os 10 maiores lucros históricos, o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil dominam, com quatro e seis registros, respectivamente”, comenta.
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De acordo com a instituição financeira, o desempenho no período foi alavancado pelo aumento da receita com prestação de serviços e seguros e o crescimento da margem financeira com clientes, o que foi impulsionado pelo efeito positivo do crescimento da carteira, associado à gradual mudança do mix de produtos.
“Por trás desses números, estão nossa transformação cultural e digital, calcadas no exercício diário de ouvir nossos clientes para entender suas necessidades e superar suas expectativas. Somos, hoje, um banco ágil, diverso e inovador, mas que não abre mão da disciplina e da excelência em gestão de risco que sempre marcou nossa atuação”, afirma o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho.
Em meio ao cenário de elevação da Taxa Básica de Juros — atualmente em 13,75% ao ano — o custo do crédito da instituição totalizou R$ 9,1 bilhões no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma alta de 30,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a empresa, esse aumento ocorreu principalmente em razão da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de varejo no Brasil, devido à maior originação em produtos de crédito ao consumo e sem garantias.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro