O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, afirmou em audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Agrario da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (3/5), que é papel do Estado promover a reforma agrária de “forma ordeira”.
"É papel do Estado promover de forma ordeira o sonho de quem pensa em ter um pedaço de terra para produzir alimento, quem tem vocação", afirmou o ministro.
Favaro mais uma vez ressaltou que é contrário a manifestações como a do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), de ocupar terras improdutivas. “Tudo que passa pela ilegalidade nunca terá meu posicionamento.”
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Ele destacou que, apesar de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser “ligado” a movimentos sociais, invasões de terra são um desrespeito a lei. "Não faz nenhum sentido, ao meu ver, num governo como do presidente Lula, que é ligado aos movimentos sociais, abre as portas para o diálogo com os movimentos sociais, ter invasão de terra. É desrespeitar a lei”, pontuou Carlos Favaro. “Terra invadida não é passível de reforma agrária”, completou.
O ministro ainda defendeu que ações do tipo “colocam gasolina no fogo de um país já dividido”.
“Temos que pacificar, ser um governo que pode dialogar. Alguns já questionaram que o líder do MST fez parte da comitiva do presidente à China. Claro que fez. Mas ninguém questiona que houve 110 pequenos, médios e grandes empresários que também fizeram parte (..) É legítimo um governo democratico conversar com toda a sociedade. O MST vai fazer parte do conselhão? Que bom, porque tem lá o foro apropriado para discutir seus desejos e anseios. Se discutir não vai precisar invadir terra.”