Nesta terça-feira (2/5), o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B³) encerrou o dia em queda de 2,4%, e fechou o pregão aos 101.926,95 pontos. O resultado representa a maior queda diária desde o último dia 2 de janeiro e foi influenciado pelas performances negativas das ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR4), que encerraram esta terça com baixas de 3,95% e 4,05%, respectivamente. Já o câmbio do dólar norte-americano teve alta de 1,12% nesta terça-feira e encerrou o dia cotado a R$ 5,04.
O mercado está à espera da ‘Super Quarta’, amanhã (3/5), quando ocorre o fim das reuniões do Comitê de Política Monetária, do Banco Central, e do Federal Reserve (Fed), o BC dos Estados Unidos. O consenso entre os analistas é que, no Brasil, a taxa Selic permaneça inalterada, aos 13,75% ao ano, enquanto que a expectativa da maior parte do mercado internacional é que o Fed encerre o ciclo de alta dos juros nos EUA.
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- BC volta discutir taxa mínima de juros; mercado aposta em 13,75%;
- Governo publica MP que tributa aplicações em paraísos fiscais em até 22,5%;
Por conta disso, o analista de investimentos, Bruno Komura, avalia que o que foi visto nesta terça-feira foi um movimento de aversão ao risco, por parte dos investidores. “O medo de juros elevados por um longo período, penalizaram as commodities e grande parte das ações brasileiras. Este movimento de juros elevados aumenta as chances de termos uma recessão, principalmente nas economias desenvolvidas”, acredita o economista.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori