O governo deve anunciar hoje um pacote para apoiar a indústria e baratear veículos para os brasileiros, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou, ontem, que algumas medidas podem não ter efetividade neste ano. "Nós discutimos várias possibilidades, mas tem coisa que só dá para fazer no ano que vem. (O pacote) Pode até ser anunciado, mas só vai dar para fazer no ano que vem, em virtude das regras fiscais", afirmou Haddad, horas antes de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para discutir as medidas. "A gente apresentou ao presidente algumas possibilidades de medidas e agora a decisão é dele", disse ele nesta quarta-feira (24/5), após a reunião.
O ministro da Fazenda não quis entrar em detalhes sobre as medidas, alegando que o programa foi desenhado por Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviços. À noite, ao participar do lançamento da Frente Parlamentar da Indústria, o vice-presidente adiantou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar uma nova e "importante" linha de crédito.
A expectativa é de que Lula e Alckmin anunciem o pacote em evento no Palácio do Planalto, às 10h. À tarde, o presidente participará do encerramento do evento da Federação Nacional das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na sede da entidade, em comemoração ao Dia da Indústria.
Haddad esteve também com o presidente da Stellantis para a América Latina, Antonio Filosa. A multinacional é dona das marcas Fiat e Peugeot, entre outras. Após o encontro, o executivo defendeu que o pacote de apoio à indústria deve conter "algum tipo de isenção fiscal" e "facilitação de acesso ao crédito". No entanto, afirmou desconhecer as medidas que o governo pretende lançar hoje.
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