O governo federal está mais otimista com o crescimento da economia brasileira para este ano. Conforme o que foi adiantado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana, o Boletim Macrofiscal, divulgado nesta terça-feira (23/5) pela Secretaria de Política Econômica, avalia que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve encerrar o ano em crescimento de 1,9%. No relatório anterior, a pasta havia estipulado um avanço de 1,6%.
A alta é resultado, principalmente, da revisão da expectativa de crescimento no primeiro trimestre de 2023, de 0,8% para 1,2%, que também foi divulgada no boletim. Além disso, índices de confiança no comércio e no setor de serviços também impulsionaram a avaliação de especialistas da secretaria. No entanto, a pasta ressaltou que ainda há uma perspectiva de desaceleração da atividade econômica, que é reflexo da alta taxa de juros no país, segundo o governo.
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O relatório destaca também que há uma desaceleração no mercado de crédito nos últimos meses, no Brasil. Enquanto as concessões bancárias, na modalidade livre e sem efeitos sazonais, seguiram em ritmo de queda na comparação trimestral, as taxas de juros e o spread bancário continuaram avançando no mesmo período, o que, de acordo com o ministério, alavancou o custo de crédito e a inadimplência no país.
Inflação também sobe
Além do PIB, o governo também revisou para cima o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023. Neste último boletim, a expectativa do indicador subiu de 5,31% para 5,58%. A conclusão da SPE é que a mudança no valor e na forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina e o reajuste autorizado para jogos de azar e plano de saúde, além de outros ajustes marginais, contribuíram para o aumento dessa estimativa.
Com isso, ao que tudo indica, 2023 será o terceiro ano consecutivo em que a inflação ficará acima do intervalo superior da meta. Para o ano que vem, no entanto, a SPE avalia que a expectativa é que o IPCA retorne para a margem aceitável estipulada pela meta, permanecendo próxima aos 3,6%. Nos anos seguintes, a expectativa é que a inflação seja de 3% ao ano.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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