MERCADO

Passado período de distanciamento social, compras on-line ainda seguem em alta

Pesquisa da TIC Domicílios apresentou dados sobre o consumo on-line no país. Pelo menos 67 milhões de usuários compraram produtos e serviços em 2022 no Brasil

Taísa Medeiros
postado em 19/05/2023 21:41
 (crédito: DANIEL LEAL-OLIVAS)
(crédito: DANIEL LEAL-OLIVAS)

Mesmo após o fim das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, o comércio eletrônico se manteve em alta. É o que diagnosticou a TIC Domicílios 2022, lançada na última terça-feira (16/5) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). Segundo o estudo, 67 milhões de usuários de Internet compraram online produtos e serviços em 2022. O número é maior do que os 44 milhões apontados em 2018, última vez em que o módulo foi analisado pela pesquisa.

“Com a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus e o consequente isolamento social, houve um incremento da proporção de pessoas que compram online, proporção essa que se manteve em 2022. Observou-se também uma ampliação dos tipos de produtos comprados pela Internet, revelando uma mudança no perfil do comércio eletrônico do país nos últimos anos”, afirma Fabio Storino, coordenador da pesquisa. Com isso, se torna possível dizer que comprar pela internet virou de fato um hábito dos brasileiros.

Em 2018, o fator desconfiança em relação ao consumo pela internet ainda aparecia de forma acentuada. Na época, entre os usuários de Internet que não adquiriram produtos e serviços on-line, a maioria relatava preferir realizar compras pessoalmente (83%), outros não tinham confiança no produto a ser recebido (62%), ou se preocupavam em fornecer informações pessoais ou em usar o cartão de crédito pela Internet (59%).

Um indício de que a confiança no consumo on-line aumentou é que o uso de cartão de crédito para o pagamento de compras em comércio eletrônico também cresceu. Em 2018, 69% dos usuários diziam utilizar o cartão como forma de pagamento. Em 2022, foram 73% — a forma mais utilizada, segundo a pesquisa.

O Pix, lançado no final de 2020 e medido pela primeira vez pela pesquisa, ficou em segundo lugar (66%). “Apesar de ser um meio de pagamento mais novo, o Pix foi usado por 44 milhões de brasileiros nas compras online, incluindo 23 milhões da classe C e 5 milhões das classes DE”, comenta Storino.

Categorias

Na comparação com 2018, a categoria de roupas, calçados e materiais esportivos destacou-se em compras online, sendo citada por 64% dos que adquiriram pela Internet em 2022, proporção que era de 49% em 2018. Na sequência, aparecem produtos para a casa e eletrodomésticos (de 45% para 54%) e comidas e produtos alimentícios (avanço de 21% para 44%).

Em relação aos serviços realizados on-line, os que mais cresceram no período foram: pedir táxi ou motoristas em aplicativos (de 32% para 40%); pagar por filmes ou séries na Internet (de 28% para 38%); e fazer pedidos de refeições em sites ou aplicativos (de 12% para 33%).

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação