Durante evento promovido pelo Banco Central (BC), nesta sexta-feira (19/5), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda têm trabalhado para "harmonizar as políticas fiscal e monetária". Segundo o chefe da equipe econômica, o objetivo é trazer um crescimento robusto na economia do país.
“Sempre faço referência à meta que colocamos de (a economia do Brasil) crescer acima da média mundial, dado seu potencial em relação a recursos e tecnologia desenvolvida a nível nacional”, disse Haddad, durante o evento, afirmando que o Brasil tem a obrigação de perseguir uma taxa de crescimento acima da média mundial.
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O ministro ainda reforçou que é preciso compreender que "discutir política monetária não é afrontar o Banco Central". "Estamos construindo essa relação. Todos que estão aqui estão correndo pelo mesmo objetivo, somos dois braços do mesmo organismo e temos que trabalhar pelo mesmo objetivo", declarou.
Para Haddad há espaço para que se inicie um novo ciclo de corte de juros por parte do Banco Central. “Tem que tomar a medida certa para que a economia consiga se ajustar do ponto de vista macroeconômico e garantir condições de crescimento sustentável”, disse.
De acordo com o ministro, a Fazenda e o BC têm procurado conversar mutuamente e da maneira mais cordial possível, destacando que todos têm visto o que acontece com os bancos centrais ao redor do planeta, que têm tido grande dificuldade em trazer a inflação para o centro da meta.
“Entendemos que o Brasil tem tudo para que, mesmo em um ambiente muito adverso, consiga sair na frente no próximo ciclo de expansão. Estamos nos preparando para isso, sabendo da enorme dificuldade que é fazer as reformas necessárias para que o sistema se torne mais sólido”, afirmou o ministro.
Haddad comentou sobre a independência da autoridade monetária, que foi estabelecida, por meio de lei, em 2021. A norma que deu autonomia ao BC foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). “É a primeira vez que um governo assume ou uma lei aprovada de autonomia do Banco Central. O (Roberto Campos Neto, presidente do BC) tem um mandato fixo de quatro anos, vai até o final de 2024. Essa transição é a primeira da história do Brasil que se faz no governo brasileiro”, disse.
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