O garimpo e as operações de compra e venda de ouro ilegal precisam acabar, caso contrário a reputação internacional do país fica ameaçada é o que aponta Larissa Rodrigues, gerente de Portfólio do Instituto Escolhas, um instituto dedicado a estudos para o desenvolvimento sustentável. Segundo a dirigente, apesar dos avanços na rastreabilidade da produção aurífera, o país precisa avançar ainda muito mais.
“Ou a gente acaba com esse garimpo (ilegal) que está aí, ou esse garimpo vai acabar com a Amazônia e a reputação do nosso país”, disse Larissa Rodrigues, no terceiro painel do evento Correio debate: os caminhos do ouro, que ocorreu nesta terça-feira (16/5), no auditório do Correio Braziliense, com apoio da Casa da Moeda do Brasil.
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A especialista aponta que o ouro extraído no Brasil pode começar a ser enquadrado como "mineral de conflito" com o endurecimento de novas regras na União Europeia, o que pode ocasionar prejuízos ao país — e até mesmo ultrapassar a atividade mineradora.
“Não dá para imaginar que um comércio bilionário vai funcionar apenas na base da boa fé”, apontou Rodrigues indicando alguns avanços em medidas de regulação e rastreabilidade do metal extraído de forma ilegal.
Outras medidas necessárias para o setor, segundo a especialista, é um licenciamento ambiental rígido, a realização da recuperação das áreas exploradas, banir definitivamente a utilização do mercúrio no processo minerador e incluir a questão das pessoas envolvidas como uma questão trabalhista e social fundamental a ser resolvida.
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