O relator do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), afirmou que no caso de descumprimento das metas fiscais previstas no projeto pelo governo, o Bolsa Família pode não ter aumento real. Com as alterações do texto, o programa está sujeito aos limites gerais de gastos para que possa crescer acima da inflação, podendo assim sofrer restrições.
A blindagem do benefício era uma das medidas consideradas essenciais pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o relator, o Bolsa Família só poderá ser excluído das sanções se o Poder Executivo enviar um projeto de lei propondo compensações para os aumentos de despesas com o programa.
- Arcabouço fiscal deve ser votado na Câmara em 24 de maio, afirma Cajado
- Relatório do novo arcabouço exclui cortes no Bolsa Família e salário mínimo
- Cajado apresenta prévia do parecer sobre o arcabouço a líderes da Câmara
“O presidente pode pedir ao Congresso Nacional o valor para poder acrescer o Bolsa Família, com compensação, está também nesta possibilidade. Não está na condição de exclusão, será uma lei complementar”, disse Cajado, em coletiva de imprensa.
O salário mínimo, por sua vez, foi excluído de punições no caso de descumprimento das metas. “O Bolsa Família está como despesa obrigatória. O que nós excluímos da vedação é o reajuste do salário mínimo, que poderá, mesmo no caso de não atingimento da meta, receber o aumento da inflação mais aumento real”, acrescentou.
Saiba Mais
- Política Novo arcabouço fiscal proíbe concursos se governo exceder gastos
- Política Após proposta receber críticas de petistas, Gleisi dá aval à regra fiscal
- Economia Nova estratégia: Petrobras muda política de preço do diesel e gasolina
- Política Bolsonaro sabia? O que ex-presidente deve explicar à PF sobre suspeita de fraude em cartão de vacina
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.