Para Marcelo Freixo, promover o turismo no Brasil é uma tarefa que deve ser compreendida como política pública, e não política de governo. Por essa razão, em pouco mais de 100 dias à frente da Embratur, o político nascido em São Gonçalo (RJ) está empenhado em qualificar o trabalho da agência cuja missão é mostrar ao mundo as qualidades do país de diversidade extraordinária. A primeira tarefa, nesse sentido, foi reunir informações confiáveis para extrair ao máximo o potencial turístico das cidades brasileiras. O trabalho está condensado no Mapa do Turismo Internacional, publicação que detalha as características e os atrativos de cada unidade da Federação.
Mais do que organizar dados, Freixo luta por um orçamento. Ele está em uma briga feroz com o Sesc-Senac, fortemente contrário ao projeto de lei, aprovado na Câmara e em curso no Senado, que destina 5% do excedente dessas entidades à Embratur. Trata-se de uma briga por R$ 447 milhões. Freixo reclama do jogo pesado, segundo ele com inverdades, do Sistema S contra a Embratur, mas não se intimida. “Eu posso ganhar, eu posso perder. Eu só preciso ter a consciência tranquila de que estou do lado certo. Eu já passei por muita coisa na vida. Não é a primeira pressão que eu sofro, nem vai ser a última. Eu tenho muita clareza de que estou do lado certo”, diz, nesta entrevista ao Correio. Leia, a seguir, os principais trechos.
O senhor mudou a marca oficial do Brasil. Por quê?
Quando eu entrei nesta sala pela primeira vez, eram inúmeros cartazes com a marca do governo anterior. E era “Brazil, visit and love us” (Brasil, visite e nos ame). Na tradução, isso esbarra em uma enorme possibilidade de um entendimento muito ruim. Tomei um susto. Falei: “Arranca tudo rápido”. Imagine, eu atender alguém aqui e “Brasil com Z”? E falei: vamos retomar a marca Brasil. E a gente retomou.
E o que é a marca Brasil?
A marca não é de um governo. É uma identidade de um país. A gente, inclusive, estuda colocar essa marca em outros lugares. Passaporte, carimbo... A gente quer que a marca Brasil cole. Cada cor foi identificada a partir de um olhar que os estrangeiros têm do Brasil, segundo uma pesquisa feita. O verde é a mata; o amarelo é o sol; o branco são as religiões; o azul é mar; o vermelho são as festas. Recuperar a marca Brasil é recuperar o investimento no turismo, que é o que a gente quer.
Como tornar o turismo uma atividade econômica mais potente?
É preciso criar política pública. Como presidente da Embratur, me cabe qualificar a empresa, trazer gente técnica, auxiliar quem está na ponta, que são as prefeituras e os estados, em um diálogo permanente. Isso a gente já fez. Fizemos o mapa do turismo, já temos um diagnóstico. E o resultado já começa a aparecer. O turismo vem aumentando consideravelmente. A gente dialoga com o Brasil inteiro, não fica só nos lugares tradicionais. A gente promoveu o carnaval, vai promover o São João de Caruaru (PE) e de Campina Grande (PB), a gente vai promover o Festival de Parintins (AM). Então a gente está trabalhando com esse Brasil diverso.
O que mais é preciso fazer?
A gente tem de ter investimento. A Embratur era uma autarquia. Portanto, estava no Orçamento da União. Em 2019, passou a ser uma empresa de serviço social autônomo, igual à Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A Apex não pode receber emenda parlamentar, não está no Orçamento. Qual é a fonte garantidora da Apex? Todo ano, 12% do Sebrae vão para a Apex. A Apex tem escritórios em vários lugares pelo mundo, promove trabalhos muito qualificados. É muito importante para a economia brasileira. Ponto.
E a Embratur?
A Embratur também precisa, como a Apex, de ter uma fonte de recursos, porque não é mais autarquia e não pode receber emenda parlamentar. Qual é a fonte da Embratur? A proposta original da medida provisória de Bolsonaro, era 15% do Sebrae. Na hora de votar a MP, votaram o modelo jurídico de agência mas não botaram no texto os 15% do Sebrae. Então criou-se uma empresa de serviço social autônomo sem orçamento. Me diga o lugar do mundo que a empresa que promove o país não tem orçamento. Então, é evidente que é preciso consertar isso.
Com essa ideia em mente, o que o senhor fez?
Pedi à Fundação Getulio Vargas um estudo para dar sustentabilidade à Embratur. A FGV estudou várias possibilidades e concluiu que a principal viabilidade da Embratur está em ter 5% do Sesc-Senac. Esse projeto, que no momento está no Senado, veio desse estudo, não tirei da minha cachola. E aí vamos ao debate. Por que não o Sebrae? Porque o Sebrae já financia a Apex. Por que o SescSenac? Porque é o setor de comércio, o que mais ganha com o crescimento do turismo. Qualquer turista que eu traga pra cá vai ficar num hotel, ou num AirBnB. Vai comer em restaurante, vai comprar artesanato, vai um shopping, vai pegar um táxi. Vai consumir cultura, gastronomia. Então é um investimento do comércio, porque isso volta. Em janeiro, fevereiro e março, R$ 8,6 bilhões foram deixados aqui. Foram deixados onde? No comércio. Eles ganharam. É investimento, ponto.
Há outras razões para escolher o Sesc-Senac?
Sim. Por causa do orçamento que eles têm. O Sesc-Senac têm de receita, os dois juntos, R$ 9 bilhões por ano. Eu estou cobrando 5% disso, o que dá R$ 447 milhões. Para promover o Brasil inteiro. Não é nada! Compare com Portugal. E tem um detalhe importante. A minha receita é em real, mas a minha despesa é em dólar. Porque, em qualquer feira internacional de que eu participe para promover o Brasil, eu pago em dólar ou euro. Nós vamos participar de uma feira em Londres. E a gente vai pagar em libra. É muito pior do que euro, né? Eu fico desesperado. Todo mundo acha ótimo um feira em Londres, eu acho um horror! Mas tem de participar, é a maior feira do mundo.
É um valor mínimo, então.
Eu não estou pedindo nada abusivo, absurdo. Primeiro, estou apresentando uma equipe técnica, um trabalho qualificado que já apresenta resultados. Segundo, é um valor aquém do que se precisa pra promover o Brasil. Cinco por cento do SescSenac é muito menos do que o Bolsonaro propôs, que era 15% em 2019. Estou sendo bastante razoável. E eu estou tirando de onde está sobrando.
Por quê?
O superávit do Sesc-Senac é de R$ 2 bilhões por ano. Ele recebem R$ 9 bilhões, gastam R$ 7 bilhões. E esse dinheiro não é devolvido, fica para eles. O Sesc e Senac têm muitos imóveis. Inclusive a Apex fica em um imóvel deles. Só de aluguel e de aplicação financeira, eles recebem R$ 2 bilhões por ano. Eu estou propondo R$ 400 milhões. Desculpa, é um quarto do que sobra. Entrem na transparência Sesc-Senac. Hoje, na conta deles, tem R$ 15 bilhões de sobras acumuladas. Estou pedindo um investimento que todo mundo sabe que tem retorno.
A reação deles tem sido bem forte. Em Brasília, cartazes dizem: “O projeto de lei pode fechar cem unidades do Sesc e do Senac em todo o país”.
Eles estão jogando muito pesado. Virei o cara que vai fechar teatro, que vai fechar escola. Mas eu tenho casca. Posso ganhar ou perder, mas tenho a consciência tranquila de que estou do lado certo. Eu já passei por muita coisa na vida. Não é a primeira pressão que sofro, nem vai ser a última. E o debate dos números é irrefutável. Vai fechar escola por quê? Se é um quarto do que sobra? E tem mais. Esse dinheiro é publico. Eles cismam em dizer que não é, mas esse dinheiro vem de imposto, e imposto que repassa ao preço. Se isso não é dinheiro público, é o quê? Então, estou discutindo orçamento, dinheiro público, democracia, transparência e investimento no país. Como está a receptividade dos senadores? Muitos líderes estão com a gente. A pressão nos senadores, nas bases, é muito forte. Eles criaram uma máquina de pressão monumental nos estados, nas cidades. Vão de gabinete em gabinete — coisa que eu fiz também. Agora, eu não vou botar propaganda na televisão, não vou botar gente panfletando. Estou indo com os números em tudo quanto é lugar. Mas tem líderes importantes apoiando a gente, tem líderes apoiando eles. Está bem dividido. Vai a voto. Pode acontecer tudo. Dependendo de como for a votação, o projeto vai voltar para a Câmara. Eu acho que não vão tirar a proposta do texto. Seria uma violência muito grande com a Câmara, porque passou bem lá.
A pressão maior começou após a aprovação na Câmara?
Sim. Começou no Senado. E no Senado, como ele é menor, a pressão individualiza. Aconteceu de eu estar entrando no gabinete de um senador, e o cara da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) bate à porta, esperando para entrar depois. Isso aconteceu. Eu cumprimento, eu sou civilizado (risos). Eu topo debater, apresentar os números. Estou propondo algo que não é pra mim. O indicador de sucesso do trabalho na Embratur vai ser medido nas cidades.
Como foi a reação à época que Bolsonaro propôs os 15% do Sebrae?
Eles derrubaram já na Câmara. Então, eles não esperavam que, agora, a gente vencesse na Câmara. E aí foram com tudo no Senado, porque viram que a gente é capaz. Está muito violento e desproporcional. Acho, até, que esse poderia ser um dos projetos deles. Mas eles optaram por outro caminho, me cabe respeitar, fazer o debate público. Eu fui parlamentar durante muitos anos, entendo o parlamento. Não vou condenar o voto de ninguém. Vamos para o voto. Posso perder, mas, pelo menos, estou promovendo um debate sobre o turismo. Está todo mundo falando de investimento e do orçamento deles. Por sinal, é um bom tema. Por que tem R$ 15 bilhões na conta deles em um país com tanto desemprego. Esse dinheiro é público ou não é público?
Como avalia essa disputa política?
Com tranquilidade. O projeto passou na Câmara com apoio muito amplo. O relator era o (José) Guimarães, o líder do governo. Então o governo já se posicionou. O governo poderia chegar para mim e dizer “A gente não concorda com você”, e eu não apresentaria o projeto. Eu sou uma pessoa do governo.
Qual é o balanço do primeiro carnaval oficial desde o começo da pandemia da covid-19?
A expectativa era enorme e foi atendida. Rio de Janeiro e Bahia bateram recorde. Nos três primeiros meses do ano, tivemos recorde de turistas estrangeiros no Brasil. Superamos 2019, um período pré-pandemia. Tivemos 2,3 milhões de turistas nesse período e isso gerou uma arrecadação de R$ 8,6 bilhões, o que mostra que o turismo internacional massivo tem um tíquete médio muito alto. São números muito positivos.
Como tornar o país mais atraente para o turista estrangeiro?
Nenhum país tem tantos destinos como o Brasil tem. Você tem Gramado (RS) e o Natal das Luzes; a Floresta Amazônica; o turismo de negócios em São Paulo, mas também tem ecoturismo; tem o Rio de Janeiro que dispensa comentários; tem Pantanal; Tocantins; Bonito (MS); sol e praia no Nordeste; os Lençóis Maranhenses. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o terceiro colocado, em potencial, em destinos de natureza. E é o oitavo em cultura. Então, cultura e natureza nos colocam entre os 10 principais destinos no mundo. Há uma diversidade enorme de destinos possíveis no país. Precisamos torná-los produtos.
O que está sendo feito nesse sentido?
Montamos gerências técnicas. Temos uma gerência de big data e qualificamos as informações sobre o turismo brasileiro. Até aqui, os dados do turismo eram todos chutes. Estamos qualificando informação. Porque, com a informação, tem política pública.
Quais são os entraves para potencializar o turismo no Brasil?
O entrave na Região Amazônica não é o mesmo do Rio de Janeiro. Mas temos desafios nas conexões. É preciso melhorar, aumentar o número de voos. E você tem que garantir investimento em promoção, que é a grande briga que temos hoje.
Argentina, Peru, Colômbia, México, Portugal... Qual é o salto que eles deram?
Conectividade. Vou dar o exemplo de Portugal. Luiz Araújo, presidente do Turismo de Portugal, dobrou o número de turistas em cinco anos. Qual é o orçamento para o turismo lá? É 250 milhões de euros, aproximadamente R$ 1,5 bilhão. É o orçamento para promover um país que tem a população do Rio de Janeiro. Portugal tem 10 milhões de habitantes, recebe 18 milhões de turistas estrangeiros e 27 milhões de turistas ao todo. O turismo é para Portugal 18%, 19% do PIB. No Brasil, com todas as dificuldades que temos, é 7% do PIB.
O que fez Portugal que foi decisivo?
Portugal conseguiu se tornar um hub, melhorar a conectividade — todo mundo que entra ou sai da Europa passa por Portugal. Além disso, fez muito investimento na promoção. Participamos de duas feiras nesta gestão: a de Lisboa e a de Berlim. Em Berlim, a maior feira do mundo, ganhamos um prêmio de estande mais criativo. Ganhar um prêmio desse no lugar em que você tem todo o mundo árabe promovendo, a Itália, a Grécia, os pesos pesados, foi bacana. Todo o material do estande era reciclável, tinha comida pantaneira, então, diversificamos. Na próxima feira, em Londres, vamos levar imagens da Amazônia em 3D. Nós temos agora um filme do Estevão Ciavatta em que você coloca o óculos e "entra" na Floresta Amazônica, guiado por uma indígena, que vai falando de acolhimento dentro da floresta. Um negócio extraordinário. Queremos trabalhar o estande brasileiro como sensorial. O cara vê isso e pensa: 'Eu quero ir para a Floresta Amazônica amanhã'. Temos que ter voo, hospedagem, estrutura, investimento.
É uma nova maneira de mostrar o Brasil?
Se eu divulgar um Brasil de mulheres exóticas, como foi tão comum em tantos anos, eu estou divulgando para um mundo. Se eu divulgar a culinária, a gastronomia, a cultura, a Floresta Amazônica, eu estou divulgando para um outro mundo. O turismo define não só o lugar que você visita, mas o lugar que você vai viver. O turismo pode ser decisivo para o mundo que vamos viver no século XXI. É uma atividade econômica geradora de empregos. Um a cada 10 trabalhadores de carteira assinada é do turismo no Brasil. Quanto mais os nossos biomas estiverem conservados, mais o turismo vai gerar empregos. Quanto mais responsabilidade climática nós tivermos, mais o Brasil pode receber turistas. E quando eu melhoro um lugar, é para quem vive ali, não só para quem visita.
O turismo é um agente de mudança social?
Exatamente. O mundo está falando de sustentabilidade, porque é uma exigência. Ou nos tornamos um planeta sustentável, ou ele acaba. Digo que o turismo é a atividade econômica mais sustentável que existe e é, portanto, um dos elementos de desenvolvimento do século XXI mais permanente, porque conserva o meio ambiente. Faz da conservação um ativo econômico, cria profissões.
A ideia do turismo como agente social está sendo trabalhada com outras frentes do governo?
Fizemos um Mapa do Turismo Internacional. Temos as cidades que podem ser destinos internacionais; quais países podem se interessar por essas cidades; idiomas fundamentais; o tipo de turismo que tem; sugestões da Embratur; e a parte mais importante: onde podemos gerar empregos por meio do turismo, com capacitação de mão de obra, focados no uso do CadÚnico. Por isso a parceria com Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento e Assistência Social). Fizemos o cruzamento do perfil da pessoa e da atividade de cada lugar.
Vocês conseguiram identificar o perfil dos turistas estrangeiros?
Sim. Alemães visitam muito natureza; portugueses, sol e praia. Então, tem diferenças que a qualidade de dados nos ajuda a saber onde o investimento vai ser melhor de uma maneira ou de outra. O detalhamento dessas informações antes não existia. Fizemos isso em 100 dias.
Os esforços serão direcionados com cada região, com os estados? Como vai funcionar?
Já estamos fazendo. Por exemplo, fomos procurados pelo João Moreira Salles. Ele me apresentou um ex-atleta de triathlon e disse que queria fazer um projeto do esporte em Alter do Chão (PA). Ele sugeriu pegar os 30 maiores triatletas do mundo e organizar uma competição em Alter. Já está tudo preparado. Com isso, você divulga no mundo inteiro uma competição de triathlon, o lugar e cria uma agenda anual. No primeiro ano, só os atletas internacionais de ponta; no segundo, já abre para amador. E assim vai criando uma cultura esportiva compatível com o local, que preserva Alter do Chão. Quanto mais preservada a área, mais é geradora de emprego. Cria-se uma alternativa às madeireiras, ao garimpo ilegal. Porque você precisa criar uma economia lícita para substituir a ilícita.
Um ponto que incomoda o turista estrangeiro é a violência. Como vocês estão tratando isso?
Violência não é só a violência em si. É uma sensação. Veja: não estou dizendo que violência não existe. Estou dizendo que é uma sensação. Se você se sente inseguro, aquele lugar é violento pra você. Você não precisa sofrer a violência. E quem está falando é alguém que morou a vida inteira no Rio de Janeiro. Para você ter uma ideia: em 2005, nós recebemos 350 mil portugueses no Brasil. No ano passado, foram 175 mil — para vocês verem como pode aumentar. E sabe qual é a taxa de retorno dos portugueses ao Brasil? É de 93%. Noventa e três por cento dos portugueses voltaram ou querem vir de novo. Então, a violência é uma coisa que a gente tem que enfrentar. Mas, em um país onde 93% das pessoas querem voltar, não há na segurança um impeditivo do seu turismo. Porque as pessoas não visitam um país para sofrer. Na Alemanha, a taxa é 95%.Não estou dizendo que a gente não tenha que melhorar na segurança pública. Mas, na verdade, para o cara que visita o Brasil, a violência é uma sensação mais superada do que inibidora. Até porque as áreas turísticas brasileiras são as mais bem policiadas. Onde é que tem mais policial no Rio de Janeiro? Nos pontos turísticos.
De toda forma, há iniciativas em favor da segurança?
Há uma crescente tendência, no mundo, de mulheres viajarem sozinhas, e o Brasil é um lugar visto como inseguro para elas. Propus ao Flávio Dino (ministro da Justiça) um projeto para capacitar policiais mulheres em cidades que são destinos turísticos para mulheres que viajam sozinhas. Em breve, a gente estará lançando esse projeto. Isso vai resolver o problema? Não. Mas é uma iniciativa que vai dar resultado.
E em relação ao turismo sexual?
Vocês devem ter acompanhado o caso dos coaches americanos que promoviam turismo para americanos 'ricos e carentes'. Eles vinham aprender a namorar no Brasil. Faziam festas, recebiam dicas de como namorar, e mulheres brasileiras eram convidadas para a festa, sem saber que eram cobaias de um projeto absurdo. A Embratur denunciou à Polícia Federal, que abriu inquérito. E a gente iniciou uma parceria com a Polícia Federal para agir de forma preventiva contra qualquer turismo que gere exploração sexual nas áreas onde isso pode ser mais comum.
Recentemente o caso Marielle voltou à tona, com um investigado (Ailton Barros, preso na investigação da PF sobre suposta fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro) dizendo saber que matou a vereadora. O que acha disso?
Você diz aquele cara que disse que sabia? Aquilo é um imbecil clássico do Rio de Janeiro. Um fanfarrão. Ele não sabe de nada. Tenho certeza absoluta. Quanto à falsificação de carteira de vacinação do presidente, de criança… é inacreditável. Foi em Caxias, né? Um lugar onde tinha reportagem todos os dias sobre a fila, as péssimas condições para a população. Pense num negócio absurdo. Está tudo ali: um presidente falsificar a carteira, a falsificação ser no município que mais foi assunto de desvios e de problemas na saúde pública. Realmente, os caras escolheram a dedo o que iam fazer ali.
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