Balanço

Mesmo com queda no lucro, Caixa reforça oferta de crédito

A carteira total de crédito do banco público cresceu 16,6%, no período, atingindo R$ 1,03 trilhão. O resultado veio na contramão dos bancos privados, em que o crédito cresceu em ritmo menor por conta dos juros elevados

Rafaela Gonçalves
postado em 12/05/2023 14:32
 (crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)

A Caixa Econômica Federal apresentou lucro recorrente de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre deste ano, uma redução de 5,3% em relação ao trimestre anterior e de 23,9% na comparação anual. Durante a apresentação do primeiro balanço sob a gestão da nova presidente da instituição, Maria Rita Serrano, nesta sexta-feira (12/5), o banco sinalizou estar buscando aumentar sua oferta de crédito.

A carteira total de crédito do banco público cresceu 16,6%, no período, atingindo R$ 1,03 trilhão. O resultado veio na contramão dos bancos privados, em que o crédito cresceu em ritmo menor por conta dos juros elevados. A presidente destacou que a Caixa voltou a ser a principal protagonista das políticas do governo, sem perder o foco na rentabilidade e estimular a competição no sistema financeiro.

“A Caixa está investindo em crédito. Poderia investir em tesouraria com juros altos, mas está ampliando a oferta de crédito, o que ajuda a fomentar a economia. O governo vem discutindo como os bancos públicos podem melhorar a carteira de crédito, mas ainda não há algo novo sobre isso”, disse Serrano.

FGTS

Na ocasião, a presidente da Caixa afirmou que eventuais mudanças na remuneração do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que vêm sendo discutidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderiam reduzir os investimentos públicos feitos por meio dos recursos do fundo.

A Corte julga uma mudança na regra de remuneração dos recursos do fundo, que aumentaria a rentabilidade aos trabalhadores, mas, consequentemente, sairia mais cara para o governo. Segundo Serrano, é preciso considerar que o perfil da força de trabalho no país mudou, com mais informalidade, o que por si só já pressiona o crescimento do FGTS, que recebe contribuições sobre vagas com carteira assinada.

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