Em reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (8/5), o presidente da entidade, Josué Gomes, criticou a atual taxa de juros. “É inconcebível que um país tão rico como o Brasil, que oferece tanta segurança para aquele credor do nosso Estado, continue praticando taxas de juros tão mais altas do que os países com os quais nós competimos no cenário internacional”, afirmou.
“O Brasil hoje pratica uma taxa de juros reais de uma magnitude que é inconcebível: 8%. E sempre que se coloca esse debate, os técnicos costumam argumentar que a ‘pré-condição’ para que os juros caiam no país é a questão fiscal”, disse ele.
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Os juros, no patamar em que estão, continuou o presidente da Fiesp, dificultam o crescimento da economia nacional e fragilizam a população mais vulnerável.
“O problema é que os próprios juros reais que vêm sendo praticados nos últimos 29 anos, tão mais altos que no resto do mundo, são causadores do problema fiscal. Porque, ao empobrecerem o país, ao diminuírem a capacidade de crescimento da economia nacional, (juros) forçam, por um lado, uma menor capacidade de arrecadação do Estado e, por outro, uma necessidade do Estado de socorrer pessoas que ficaram em situações mais fragilizadas pelo próprio não-crescimento da economia”, explicou.
Ele argumentou ainda que, ao longo das últimas três décadas, foram poucos os momentos de distensão. “O Brasil precisa romper esse ciclo, sob a pena de continuarmos empobrecendo”, observou Josué Gomes.
“O Brasil tem ficado muito aquém do crescimento médio internacional, justamente por estar praticando essas taxas de juros reais que fazem com que, somente com a rubrica ‘juros sobre a dívida pública’, nós estejamos gastando mais do que a soma do que gastamos em saúde e educação.”
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