O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, voltou a criticar o patamar da taxa básica de juros (Selic), ao mencionar a Taxa Fixa BNDES em Dólar (TFBD), opção de taxa de juros oferecida aos clientes da linha de crédito rural do banco estatal, que teve alta procura.
“O setor produtivo está desesperado por crédito, não é possível ter uma taxa selic de 13,75%, maior juros do mundo, não ter inflação de demanda, é evidente que isso é problema. Não tem é crédito, é fundamental”, disse Alckmin durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como “Conselhão”.
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Segundo o vice-presidente, no tripé de juros, imposto e câmbio, o maior desequilíbrio vem dos juros. “O baixo crescimento é custo, o Brasil ficou caro para quem vive aqui, não consegue comprar um carro popular. É preciso agir”, afirmou.
Alckmin destacou a importância dos acordos internacionais e planos para a pasta. “Se você não perde o acordo perde a preferência frente aos outros que fazem acordos comerciais”, destacou o ministro que se comprometeu na agenda de desburocratização. “Temos uma cultura no Brasil de burocracia, criar problemas para os outros, custo para empresas e atrapalhar as coisas (...) você exporta soja, minério de ferro e petróleo, você não consegue exportar valor agregado.”
Ele avaliou também a complexidade do sistema tributário e afirmou que está confiante de que uma proposta de reforma tributária avançará no Congresso Nacional. “O emaranhado tributário é complexo, além da carga incompatível com o desenvolvimento. A reforma vem exatamente ao encontro dessa proposta, procurar simplificar cinco impostos sobre o consumo no IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e estamos confiantes que vai avançar para a gente poder agir nas causas de baixo crescimento e melhorar a competitividade”, declarou.
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