A revisão de algumas políticas públicas, como o Bolsa Família, deve resultar em economia para os cofres públicos. Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a análise dos cidadãos cadastrados no Cadastro Único (CadÚnico) deve passar por um pente fino, o que pode gerar até R$ 7 bilhões de economia.
“Estamos revendo o CadÚnico, para não fazer uma economia, mas para ver quem está no cadastro que não tem direito, especialmente homens solteiros que estão trabalhando, e que muitas vezes vão para a informalidade. Podemos ter uma economia de até R$ 7 bilhões, é disso que se trata planejamento, avaliação de políticas públicas, é esse o grande desafio que temos nos próximos dois anos: a qualidade dos gastos públicos”, frisou Tebet, em reunião com deputados da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.
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A atualização dos dados de beneficiários do programa social começou a ser feita em março deste ano e tem previsão de acabar até dezembro. Aqueles que possuem informações cadastrais desatualizadas há mais de dois anos, foram convocados a ir ao Posto do Cadastro Único no município e atualizar os dados cadastrais, com risco de, caso isso não seja feito, perderem o direito ao benefício. Estima-se que 2,5 milhões de cadastros estão irregulares. A pasta afirma que 1,4 milhões já foram excluídos da base.
A ministra ressalta que não há questionamentos de que o Bolsa Família é uma necessidade, mas que, ao longo do tempo, o CadÚnico foi mal utilizado. "Perdeu a focalização. Não se cobrou criança na escola, não se fez assistente social olhar famílias, se está tendo caso de pedofilia. Muitas pessoas entraram sem ter direito ao bolsa família”, relatou.