Jornal Correio Braziliense

TRANSPORTE AÉREO

RJ perde R$ 4,5 bi por ano com aeroporto do Galeão ocioso, segundo Firjan

De acordo com levantamento da Firjan, uma operação coordenada entre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont poderia injetar R$ 4,5 bilhões por ano na economia do Rio de Janeiro

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) defende uma operação coordenada entre os aeroportos do Galeão e do Santos Dumont a fim de contribuir para injetar R$ 4,5 bilhões por ano ao Produto Interno Bruto (PIB) do estado. 

Segundo a entidade, é urgente a necessidade de uma solução para os aeroportos do Rio de Janeiro e limitar a capacidade do Santos Dumont a pouco menos de 10 milhões de passageiros por ano, como sinalizou o governo federal, "significa apenas frear a expansão do aeroporto". Porém, segundo a nota da instituição divulgada neste sábado (8/4), "é insuficiente para recompor com agilidade o hub de voos internacionais e conexões domésticas de que a segunda maior economia do país precisa".

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, ontem (7/4), que pretende limitar o número de passageiros que embarcam e desembarcam no Santos Dumont, que está operando acima da capacidade enquanto o do Galeão, que está sob administração privada, está praticamente vazio. O presidente também retirou várias estatais do programa de desestatização, entre elas, os Correios

“Empresas estão perdendo negócios e o Rio, oportunidades: mais circulação de mercadorias pelos terminais de nosso estado significa mais empregos e mais arrecadação para os cofres públicos. E é dessa receita que saem recursos para investimentos em serviços básicos para a população. Os ganhos anuais com uma operação coordenada entre Galeão e Santos Dumont pode injetar até R$ 4,5 bilhões por ano ao PIB do estado, segundo estudo da Firjan já apresentado ao poder público”, disse Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente Firjan, no comunicado.

A nota da Firjan destacou ainda que empresas fluminenses que exportam mercadorias por aviões “precisam recorrer a aeroportos em outros estados para escoar sua produção devido ao número insuficiente de rotas em nosso principal terminal”. “Fica em nosso território a maior pista de pouso do Brasil, a do Aeroporto Internacional Tom Jobim, que se encontra num nível de ociosidade que não reflete o tamanho do Rio de Janeiro”, acrescentou o comunicado.