Em meio às discussões sobre a reforma tributária, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a aplicação da reforma, e deu ênfase às desigualdades de tributação entre os mais ricos e os mais pobres.
“Eu, como cidadão, considero muito injusto o nosso sistema tributário. Eu não acho justo fazer recair ajuste sobre quem está precisando de um empurrão para subir na vida, para crescer, para se desenvolver, e manter essas ‘tetas’ abertas pelo orçamento, sem transparência nenhuma, porque a minha vontade é listar o que está acontecendo”, disse o ministro, em entrevista ao canal de notícias BandNews.
- Haddad acena para mercado e responsabilidade social em entrevista;
- Juros: Campos Neto mostra preocupação com "tentativas de politizar" decisão;
- Presidente da Febrafite diz que o país está maduro para aprovar reforma tributária;
A pauta da reforma tributária, que está em discussão no Congresso, através das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 45/19 e 110/19, pretende realocar a incidência dos impostos, da origem para o destino final do produto ou serviço. Para o ministro, a reforma deveria incluir um aumento de taxação para empresas mais ricas.
"O Congresso Nacional vai dar a última palavra. Se ele não quiser fazer com que quem não paga — as empresas bilionárias, listadas em bolsa — se ele não quiser que as empresas paguem um pouco a mais do que pagam hoje, porque muito pouco, ele vai ter que olhar para o outro lado e cortar na carne de quem não tem, de quem está no osso”, argumenta.
*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes