Insegurança está entre as três principais razões pelas quais dois terços dos brasileiros não investem seu dinheiro. Entre os que investem, a poupança ainda é a primeira opção, mesmo com baixo rendimento, escolhida por 23% da população. Foi o que mostrou a sexta edição do Raio-X do Investidor Brasileiro, produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Apesar do medo demonstrado por parte da população na hora de investir, o sócio da CTM Investimentos, Pedro Henrique Ferroni, afirma que o Brasil tem grande potencial de crescimento e encoraja a busca por conhecimento sobre as possibilidades do mercado.
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“Embora o país enfrente desafios e instabilidades políticas e econômicas, o Brasil tem mostrado uma grande resiliência e capacidade de superação. Nos últimos anos, temos visto um forte movimento de abertura e modernização da economia, com a adoção de reformas estruturais importantes e a atração de investimentos estrangeiros”, aponta Ferroni.
O especialista reforça que o mercado consumidor do Brasil é crescente. Além disso, aponta, o país é rico em recursos naturais, está numa posição geográfica privilegiada e tem uma economia diversificada.
Muito além da caderneta
Para quem quer investir, há oportunidades variadas em setores como agronegócio, energia, infraestrutura, tecnologia, saúde e serviços, que vão muito além da caderneta de poupança e possibilitam grande retorno financeiro.
Ferroni destaca que as opções de investimentos vão desde o mercado financeiro, incluindo ações, fundos de investimentos, imóveis, startups e renda fixa até projetos de energia, saneamento básico, distribuição e outros. A escolha fica a critério do investidor que, para driblar a insegurança, deve buscar conhecimento sobre o mercado, avaliar os riscos, entender as leis e regulamentações e definir uma boa estratégia a longo prazo.