Em entrevista ao Correio, publicada na edição deste domingo (30), a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, cutucou Paulo Guedes, ministro da Economia durante o governo Jair Bolsonaro.
Perguntada sobre a reestruturação e tamanho da máquina pública, a ministra disse às jornalistas Rafaela Gonçalves e Rosana Hessel que Guedes se "vangloriava" de estar diminuindo a folha de ativos por conta da digitalização, mas, segundo Dweck, na verdade, o governo anterior estava precarizando os serviços públicos.
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"Em alguns casos, queremos fazer uma transformação de cargos, e isso exige um projeto de lei. Assim você não aumenta o quantitativo. Um critério que não tinha antes e a gente incorporou é a capacidade de digitalização, que é uma coisa que o presidente Lula mencionou, inclusive. O então ministro da Economia Paulo Guedes se vangloriava de estar diminuindo a folha de ativos, dizendo que isso era fruto da digitalização. Discordo radicalmente disso. A queda que aconteceu foi de precarização, realmente", disse a ministra.
"Agora, isso não significa que a digitalização não reduza a necessidade quantitativa de algumas carreiras. Podemos fazer a transformação ou eventualmente aquele cargo deixar de existir de acordo com o critério de potencial de digitalização. A digitalização é relevante e pode fazer com que você precise de menos gente, mas isso não pode ser feito simplesmente enxugando os órgãos a ponto de ficarem sem condições de trabalho", concluiu.
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