O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), indicador considerado uma prévia de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, registrou alta de 3,32% em fevereiro na comparação com janeiro. No primeiro mês do ano, o indicador tinha mostrado queda de 0,04% ante dezembro. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (28/4) pelo Banco Central, apontaram uma alta de 2,76% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado de fevereiro foi o maior desde junho de 2020, quando foi registrada uma alta de 4,86%. O cálculo levou em conta um ajuste sazonal do mês anterior. No trimestre encerrado em fevereiro, o IBC-Br subiu 0,82% em relação ao trimestre anterior. Ante o mesmo trimestre de 2022, houve alta de 2,16%. Com os dados divulgados, o índice acumula alta de 2,87% no ano e de 3,08% em 12 meses.
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Segundo a economista Laíz Carvalho, do BNP Paribas, o resultado veio bem acima do esperado. “Foi uma surpresa bastante forte. Ontem, a gente já teve o resultado de serviços que estava um pouco acima do esperado, mas esse IBC-Br mostra que a gente vai ter uma atividade econômica bastante forte, que é bastante em linha com a nossa perspectiva de PIB, crescendo 0,9% neste primeiro trimestre de 2023”, afirmou.
Em 2022, a economia brasileira cresceu 2,9%, o que representa desaceleração em relação à expansão de 5% registrada no ano anterior. Para este ano, o mercado financeiro estima uma alta de 0,96% para o PIB.
A economista alertou que, apesar do resultado, é esperada uma desaceleração a partir do segundo semestre. “Para o ano de 2023 a gente já tem uma perspectiva de PIB mais alta do que o mercado, estamos esperando 1,6% de crescimento. Muito será puxado pela agricultura no primeiro trimestre, mas também para o setor de serviços, que a gente acredita que desacelera nesse primeiro semestre. Mas é uma desaceleração um pouco mais lenta. A desaceleração do PIB deve vir um pouco mais forte no segundo semestre”, avaliou Carvalho.
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