Em março deste ano, as contas do governo central fecharam no vermelho em R$ 7,1 bilhões, dado 5,5% acima, em termos reais (descontada a inflação) do rombo fiscal registrado no terceiro mês de 2022, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (27/4), pelo Tesouro Nacional. É o pior resultado para o mês desde março de 2022, quando o saldo negativo ficou em R$ 6,5 bilhões.
O resultado do governo central inclui as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central. A receita líquida recuou 1,2% no mesmo período, para R$ 145,3 bilhões e as despesas, registraram queda de 0,9%, para R$ 152,4 bilhões.
De acordo com o Tesouro, o deficit primário de março acabou sendo menor do que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava um saldo negativo de R$ 15,4 bilhões. No mês, o Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 13,3 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou deficit de R$ 20,3 bilhões.
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No acumulado do ano, o resultado primário ficou positivo mas encolheu substancialmente, passando de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB)) para 1,2% do PIB no primeiro trimestre. O superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) dos primeiros três meses de 2023 foi de R$ 31,4 bilhões, dado 37,4% inferior, em termos reais, ao saldo positivo de R$ 50 bilhões contabilizados de janeiro a março de 2022. Esse dado é o segundo melhor da série histórica do Tesouro, iniciada em 1997.
“O primeiro trimestre foi desafiador do ponto de vista fiscal, devido ao aumento de despesas, mas o resultado acabou sendo bastante satisfatório para o período”, afirmou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.
Nessa base de comparação, o deficit da Previdência cresceu 0,7%, para R$ 57,9 bilhões. Enquanto isso, o saldo das contas combinadas de Tesouro e Banco Central encolheram 19,1%, para R$ 83,3 bilhões.
O secretário destacou que a previsão para o deficit primário deste ano do relatório de avaliação de receitas e despesas do 1º bimestre, de R$ 107,6 bilhões, está em linha com as novas projeções do governo e abaixo do estimado na Lei Orçamentária Anual (LOA), de R$ 226 bilhões.
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