O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu a política de juros da autarquia, um dos pontos que vêm sendo criticados pelo governo federal. O chefe do BC participou de um debate com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, em sessão temática no Senado Federal a convite do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O tripé como foi idealizado lá atrás, é fundamental harmonia para que o tripé funcione. A gente tem uma harmonia fiscal formada por política monetária, política fiscal e câmbio flutuante. É assim que funcionou e tem funcionado, e as tentativas de reinventar essa roda não funcionaram. A gente precisa entender que essa é a forma de trabalhar. Às vezes, em vez de questionar a forma, a gente tem que pensar como aprimorar o que existe”, disse.
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Por outro lado, Campos Neto acenou ao governo e reconheceu o esforço da gestão Lula em criar uma política de estabilidade de dívida e de debater mudanças no tema das renúncias fiscais.
“Acho que tem que reconhecer o grande esforço do governo com uma real possibilidade de estabilidade da dívida. O tema da renúncia é bem-vindo, não só porque ela é injusta, mas também porque a renúncia mexe com preços e aloca recursos na economia de forma ineficiente. Quando você tem uma renúncia para o setor, você acaba gerando ineficiência para cadeia inteira”, afirmou. “Reconheço o esforço da ministra Simone Tebet e do ministro Fernando Haddad. A gente tem conversado bastante, de fato, para avançar nisso”, completou Campos Neto.
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