JUROS

Simone Tebet questiona dose do aperto monetário pelo Banco Central

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, encerrou sua participação em audiência pública no Senado questionando a "dose" dos juros na economia brasileira

Rafaela Gonçalves
postado em 27/04/2023 14:25 / atualizado em 27/04/2023 14:26
 (crédito:  Edilson Rodrigues/Agência Senad)
(crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senad)

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, encerrou sua participação em audiência pública no Senado Federal questionando a “dose” dos juros na economia brasileira. A ministra disse que entende a autonomia do Banco Central, mas destacou a importância do debate. “Entendo a importância das decisões e que são decisões técnicas do Banco Central. Agora, isso não impede que a gente possa debater. Afinal, qual a diferença que nós temos? É o remédio e o veneno, é se essa dose está ou não está equivocada”, disse, nesta quinta-feira (27/4).

Tebet participou da sessão que reuniu parlamentares, governos e entidades do setor produtivo para debater a taxa de juros, inflação e o crescimento econômico. O convite foi feito pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

Para a ministra, o país se encontra em uma situação melhor, por isso seria plausível uma revisão dos juros. “Em uma análise geral de estabilidade do país, nós estamos em uma situação muito melhor do que quando os juros bateram a casa dos 13,75% lá em setembro do ano passado. A realidade é outra”, afirmou a Chefe do Planejamento, que fez questão de eliminar os rumores de instabilidade política. “Não temos instabilidade política. Um exemplo é a reunião de hoje, a harmonia entre os poderes.”

Questionada sobre reformas estruturantes como a lei das estatais e a reforma administrativa, a ministra disse: “É acertada a decisão do presidente Lula de que as reformas ficarão a cargo do Congresso Nacional. É assim com a reforma tributária, que está tramitando na Câmara e é assim com a reforma administrativa.”

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